O Desenrola Brasil vale a pena?

Pessoas que estão com o CPF negativado e, por isso, não conseguiram renegociar dívidas com instituições financeiras, também poderão entrar no programa

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Ministério da Fazenda publicou na quarta-feira, 28 de junho, os detalhes e regras do Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes (Desenrola Brasil). O programa foi criado para ajudar os brasileiros que estão inadimplentes a renegociarem suas dívidas. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o programa pode atingir 70 milhões de pessoas. A previsão inicial era de que o programa entrasse em vigor em setembro. Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse posteriormente que a estreia deve ocorrer até o meio de setembro.

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Vale a pena?

Para Virginia Prestes, professora de finanças da FAAP, a iniciativa proposta pelo governo vale a pena para quem se encontra com dívidas.

“A iniciativa é interessante e visa quitar essas dívidas com desconto em leilão ou com parcelamento com juros de, no máximo, 1,99% ao mês. São vantagens muito importantes. É uma excelente oportunidade para quem está nessa situação de devedor”, disse.

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Segundo Prestes, as pessoas que estão com o CPF negativado e, por isso, não conseguiram renegociar dívidas com instituições financeiras também poderão entrar no programa. 

“As pessoas que estão com o CPF bloqueado por conta da dívida não conseguem ou têm muita dificuldade em renegociar com o banco quanto a ter outras linhas de crédito. Então, de fato, essa é uma parte da população que tem muito mais dificuldade em sair das dívidas do que outras pessoas”, afirmou.

Para a educadora financeira Cintia Senna, é importante, porém, que quem opte pelo Desenrola Brasil trace um plano para que não volte a se endividar e consiga honrar os pagamentos do programa, que são de, no mínimo, R$ 50 por mês, para a faixa 1.

“Em paralelo a esse processo do Desenrola, é preciso começar a estruturar uma reserva financeira, ou seja, uma quantia para emergências. É uma forma de se blindar para conseguir superar uma eventual adversidade que enfrente – e nunca mais volte a estar neste estado de inadimplente”, disse.

Com informações do JOTA, parceiro de conteúdo da Inteligência Financeira.

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