Número de investidores pessoa física em renda fixa cresce 27% em um ano até junho, diz B3

O valor em custódia, no mesmo período, aumentou 32%, para R$ 1,32 trilhão

Confira o desempenho dos ativos da Bolsa hoje - Foto: Valor Econômico
Confira o desempenho dos ativos da Bolsa hoje - Foto: Valor Econômico

O número de investidores em produtos de renda fixa cresceu 27% nos últimos 12 meses até junho, para 11,9 milhões. O valor em custódia, no mesmo período, aumentou 32%, para R$ 1,32 trilhão, acompanhando, entre outros fatores, o ciclo de alta da taxa de juros no país. Os dados fazem parte de um estudo da B3, relativo ao segundo trimestre, sobre a evolução de investidores no país.

Em relação ao Tesouro Direto, houve um aumento de 29% na quantidade de investidores do produto, para 2 milhões de CPFs. O valor em custódia cresceu 30%, passando de R$ 68,5 bilhões para R$ 88,8 bilhões, enquanto o saldo mediano recuou 3%, para R$ 2,4 mil.

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Considerando o período de dezembro de 2021 a junho de 2022, o produto de renda fixa que teve o maior aumento de CPFs foi Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), de 50%. O volume investido aumentou 51%. Depois aparecem os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), com crescimento de 30% tanto em número de investidores quanto em volume.

No caso das debêntures, o número de pessoas físicas que investem aumentou 20%, enquanto o volume investido cresceu 25%. Os CDBs tiveram um aumento de 21% na quantidade de CPFs e de 15% no volume investido.

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Segundo a B3, mesmo com o ambiente de juros elevados, houve um aumento de 15% de pessoas físicas que investem em ações considerando o período de 12 meses. O número de CPFs passou de 2,8 milhões para 3,2 milhões. O saldo mediano em custódia, no entanto, caiu 61%, para R$ 3 mil.

“Esses dados mostram que o crescimento do número de investidores em Bolsa ainda manteve a tendência de alta e sugerem que os investidores não se desfizeram de suas posições em renda variável, mesmo em meio a uma fase de maior volatilidade e aumento expressivo das taxas de juros. Mais informados, eles têm preferido manter um portfólio diversificado, combinando ativos de renda fixa e renda variável, de olho no longo prazo”, diz Felipe Paiva, diretor de relacionamento com clientes e pessoa física da B3, em nota.

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