Nestlé vai parar de vender alimentos para pets, café e KitKat na Rússia

O gigante suíço vai se concentrar em fornecer alimentos essenciais enquanto durar invasão da Ucrânia

(Foto: Pushpak dsilva/Unsplash)
(Foto: Pushpak dsilva/Unsplash)

A Nestlé deve reduzir significativamente o que vende na Rússia, suspendendo a produção de alimentos para animais de estimação, café e confeitaria, uma medida que ocorre depois que a fabricante de KitKat enfrentou pressão de políticos, funcionários e consumidores por sua presença contínua no país.

O gigante suíço de alimentos disse que se concentraria em fornecer alimentos essenciais enquanto a guerra continuar. Ele disse que, embora não espere lucrar na Rússia ou pagar impostos no país no futuro próximo, qualquer lucro que gerar seria doado a organizações de ajuda humanitária.

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A Nestlé disse que os únicos produtos que continuaria a vender na Rússia seriam alimentos para bebês e outros produtos de nutrição infantil, refeições veterinárias especializadas e produtos de nutrição médica.

Embora a Nestlé tenha suspendido anteriormente as importações e exportações de produtos considerados não essenciais, como cápsulas Nespresso e água San Pellegrino, a empresa manteve todas as seis fábricas russas abertas para produzir produtos para venda local, incluindo confeitos e café. Cerca de 90% do que a Nestlé vende na Rússia é feito lá. Anteriormente, descreveu seus produtos como essenciais, dizendo que tinha responsabilidade com seus funcionários no país.

O anúncio de hoje significa que a Nestlé suspenderá a “grande maioria de nosso volume pré-guerra” na Rússia, segundo um porta-voz. “Estamos no processo de identificar soluções para nosso pessoal e nossas fábricas na Rússia”, disse ele. “Continuaremos a pagar nosso pessoal.” A empresa tem cerca de 7 mil trabalhadores na Rússia.

“’Boa comida boa vida.’ Este é o slogan da Nestlé, sua empresa que se recusa a deixar a Rússia”, disse Zelensky em um discurso de áudio no sábado para pessoas que participaram de um protesto contra a guerra em Berna, na Suíça. A empresa também foi criticada pelo primeiro-ministro ucraniano Denys Shmyhal, que escreveu no Twitter que conversou com o diretor-presidente da Nestlé, Mark Schneider, que disse não ter entendido o efeito colateral de continuar vendendo na Rússia.

Vários funcionários da Nestlé na Ucrânia – cerca de 5 mil – também expressaram sua insatisfação com a resposta da empresa à invasão nas mídias sociais. Os trabalhadores ucranianos também discutiram uma greve se a Nestlé continuar a vender produtos na Rússia, disseram alguns funcionários.

(Do Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico)

 

 

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