Nesta semana, o mercado torce para a guerra entre Rússia e Ucrânia não completar um mês

Se não houver efetivo progresso nas negociações para um cessar-fogo, a aversão ao risco deve voltar a crescer

Bombeiros apagam fogo em um prédio do Serviço de Segurança Ucraniano (SBU) após um ataque russo em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia (Foto: Andrew Marienko/AP)
Bombeiros apagam fogo em um prédio do Serviço de Segurança Ucraniano (SBU) após um ataque russo em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia (Foto: Andrew Marienko/AP)

Na quinta-feira (24), faz um mês que a Rússia invadiu a Ucrânia. O mercado financeiro está torcendo para, até lá, haver um avanço concreto nas negociações para o cessar-fogo.

A esperança de um fim para o conflito animou os investidores no meio da semana passada, quando o jornal britânico “Financial Times” noticiou que já havia um rascunho de um acordo de paz, com 15 pontos, sendo discutido. A Bolsa de Valores brasileira, a B3, engatou três sessões consecutivas de alta e terminou a semana com ganhos acumulados de 3,37%.

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Desde então, não houve declaração oficial de nenhum dos lados dando conta de que a paz está de fato mais próxima. Sem um progresso nas conversas, a aversão ao risco vai voltar a subir, tirando recursos de aplicações consideradas mais arriscadas, como a renda variável (especialmente em países emergentes como o Brasil), e colocando na renda fixa. Com o forte aumento da inflação em todo o mundo e uma elevação global dos juros para tentar desencorajar maiores altas de preços, a perspectiva de uma guerra prolongada é desalentadora.

Segundo as agências internacionais de notícias, as tropas russas não estão conseguido dominar as cidades ucranianas tão rápida e facilmente quanto esperavam. O resultado é o aumento da violência dos ataques. O invasor neste momento está bombardeando fortemente a cidade portuária de Mariupol. As autoridades municipais disseram que uma escola de artes onde cerca de 400 pessoas se abrigavam foi atingida no sábado (19), mas ainda não se sabe de vítimas. À noite, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, disse em seu pronunciamento diário: “Quero que todos me escutem agora, especialmente em Moscou. É hora de nos encontrarmos. É hora de conversar”. O mundo todo está escutando, sim, mas não se sabe qual será a resposta de Vladimir Putin.

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Para acompanhar:

Segunda-feira (21)

  • 8h25: Boletim Focus
  • 11h – EUA: Discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, o banco central americano

Terça-feira (22)

  • 8h: Ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC)
  • 10h15 – Europa: Discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu

Quarta-feira (23)

  • 9h – EUA: Discurso de Jerome Powell
  • 11h – EUA: Índice de vendas de casas novas
  • 11h30 – EUA: Estoques de petróleo bruto

Quinta-feira (24)

  • 8h: Relatório Trimestral de Inflação do BC
  • 9h – EUA: Pedidos de bens duráveis; pedidos iniciais de seguro-desemprego
  • 10h45 – EUA: PMI industrial e PMI composto

Sexta-feira (25)

  • 8h: Confiança do consumidor (FGV)
  • 9h: IPCA-15 (IBGE)
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