MP do TCU abre processo contra Campos Neto por fala sobre terceirizar gestão de ativos do BC

Investigação aberta contra Roberto Campos Neto, presidente do BC, foi por terceirizar gestão de ativos; TCU sorteia relator do caso

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil.

O Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma representação para investigar o presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, por supostas sinalizações de “terceirizar” reservas internacionais do Brasil sob custódia do BC.

O procedimento de representação aberto pelo MP do TCU já foi acolhido pela Corte, responsável por auditar instituições públicas do governo federal, incluindo o Banco Central. O ministro Benjamim Zymler foi sorteado como relator do processo contra Campos Neto.

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Quem abriu o processo contra Roberto Campos Neto?

O processo foi aberto à pedido da AudBancos, unidade do TCU especializada na auditoria de Bancos Públicos e Reguladores Financeiros. A Inteligência Financeira procurou a entidade para comentar sobre o assunto, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.

Sob representação da promotora do MP do TCU Cristina Machado, o documento pede que Campos Neto explique “as afirmações proferidas visando a transparência e a estabilidade política monetária mais brasileira”.

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Fala sobre ‘terceirizar gestão de ativos’ é alvo do processo

A consulta pública do TCU não revela o contexto em que Campos Neto citou terceirizar ativos do Banco Central. Contudo, fontes disseram à CNN Brasil que as falas foram feitas em entrevista à gestora BlackRock.

A Inteligência Financeira confirmou que as falas foram feitas em entrevista à gestora, em 20 de julho. Na conversa, Campos Neto afirma que o BC “já fez programas de gestão terceirizada” no passado, e que a autoridade “entendeu que poderia realizar programas de gestão terceirizada porque iria gerar sinergia positiva” com funcionários do Banco Central.

Campos Neto diz que a equipe operacional do BC poderia aprender mais sobre novos ativos, o que “ajudaria muito a atividade do dia a dia do BC”.

“Estamos abertos à terceirização (gestão externa). Até outro dia comentamos de pensar em classes de ativos que não operamos ainda. Quando você faz uma gestão terceirizada, você aprende e, se entendermos que temos condições de fazer a gestão direta, passamos aquele ativo para a gestão direta”, explicou Campos Neto na entrevista à BlackRock.

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