Milei adia para amanhã anúncio de medidas econômicas na Argentina
No domingo, durante seu primeiro discurso ao público nas escadarias do Congresso, Milei falou de uma "política de choque" para mudar o rumo econômico do país
Depois de criar expectativas sobre o anúncio de suas primeiras medidas econômicas como presidente da Argentina, Javier Milei adiou para terça-feira (12) os anúncios. Em uma primeira coletiva na Casa Rosada, o porta-voz da presidência avisou que as medidas serão dadas pelo próprio ministro da Economia, Luis Caputo, empossado no domingo (10).
Na sexta-feira, o jornal argentino Clarín havia adiantado que Milei e Caputo fariam os primeiros anúncios já nas primeiras horas desta segunda-feira (11) com uma série de medidas que não precisariam de um respaldo do Congresso. Esta manhã, porém, Manuel Adorni, designado porta-voz da presidência, informou que as mudanças serão confirmadas na terça, sem um horário definido.
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Os mercados argentinos esperavam com ansiedade as primeiras medidas e ainda não está claro como reagirão ao adiamento anunciado nesta manhã.
Inflação
“É uma decisão do presidente mudar a raiz de uma questão sinistra, dar-lhe uma definição dura, do que está acontecendo na Argentina de um setor de privilégios versus muita gente que está passando por maus bocados devido a uma liderança que durante décadas não se importou, foi incapaz de resolver os problemas”, disse, afirmando que a Argentina vive “um estado de emergência” por causa da inflação.
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No domingo, durante seu primeiro discurso ao público nas escadarias do Congresso, Milei falou de uma “política de choque” para mudar o rumo econômico do país e falou que não há tempo para gradualismos. Seu ministro, porém, é menos afeito a medidas bruscas. Até o momento, as possíveis medidas que deve tomar o novo governo foram divulgadas apenas pela imprensa argentina, citando fontes anônimas.
Milei conduziu na Casa Rosada a sua primeira reunião de gabinete nesta manhã. No domingo, em seu primeiro decreto, o novo presidente cortou pela metade o número de ministérios, de 18 do governo anterior para 9 agora.
Com informações do Estadão Conteúdo.