Mercado deve ter semana de cautela, analisando indicadores econômicos do Brasil e dos EUA
Investidores buscam antecipar próximos passos de polítca monetária
Para a semana que começa não estão previstos indicadores que, sozinhos, podem funcionar como gatilhos para grandes movimentos dos investidores. Mas uma variedade de dados sobre a atividade econômica e eventos no Brasil e no mundo deve ajudar a afinar as estratégias de aplicação de recursos.
No Brasil, os destaques são os indicadores de desemprego – o Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego), do Ministério do Trabalho e Previdência, e a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) – que saem na quinta-feira (30), relativos ao mês de abril. Segundo o Caged, foram criados 196.966 empregos formais em abril, mais do que o dobro do registrado em março e acima das expectativas do mercado. O IBGE também identificou uma melhora: a taxa de desemprego no país ficou em 11,1% no trimestre encerrado em março, abaixo dos 11,2% do trimestre móvel encerrado em fevereiro e dos 14,8% de abril do ano passado.
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Nos EUA, tem os pedidos de bens duráveis e as vendas de moradia relativos a maio, que saem na segunda (27), e a última revisão do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre, na quarta (29).
Por que importa?
Os bancos centrais dos dois países estão tentando reduzir a inflação, mas buscando evitar que os fortes aumentos de juros causem uma desaceleração exagerada da atividade. Daí a necessidade de acompanhar de perto os indicadores para projetar os próximos passos da política monetária.
Como afeta os investimentos?
O aumento de juros favorece as aplicações em renda fixa, enquanto diminuem o interesse pelas alternativas mais arriscadas, como a Bolsa de Valores e as criptomoedas.
Agenda da semana
Segunda-feira (27)
- 6h: Palestra de Roberto Campos Neto, presidente do BC, em congresso jurídico em Portugal
- 9h30 – EUA: Pedidos de bens duráveis (maio)
- 11h30 – EUA: Vendas de moradias – contratos pendentes (maio)
- 15h30 – Europa: Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE
- 19h30 – EUA: Discurso de John Williams, diretor da sucursal Nova York do Fed
Terça-feira (28)
- 11h – EUA: Confiança do consumidor
Quarta-feira (29)
- 9h30 – EUA: PIB do 1o. trimestre – terceira revisão
- 10h – EUA: Discurso de Jerome Powell, presidente do Fed
- 10h – Europa: Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE
- 11h30 – EUA: Estoques de petróleo bruto
- 14h – EUA: Discurso de James Bullard, diretor da sucursal Saint Louis do Fed
Quinta-feira (30)
- S/h: Reunião da Opep
- S/h: Índice de evolução do emprego do Caged (abril)
- 9h: Índice de desemprego pela Pnad, do IBGE (abril)
- 9h30 – EUA: Pedidos de seguro-desemprego (semanal)
- 22h45 – China: Índice PMI industrial (junho), da consultoria Caixin com Markit
Sexta-feira (1)
- 6h – Europa: Índice de preços ao consumidor (junho)
- 9h: Índice de preços ao produtor (junho), do IBGE
- 11h – EUA: PMI industrial (junho)