Mercado Bitcoin (MB) e Mastercard formam consórcio para teste do real digital

Grupo pretende participar de negociações de atacado, varejo e títulos do Tesouro

Sede do Banco Central, em Brasília (BC). Foto: Adriano Machado/Reuters
Sede do Banco Central, em Brasília (BC). Foto: Adriano Machado/Reuters

O Mercado Bitcoin (MB) se uniu com a bandeira de cartões Mastercard, a registradora Cerc e com a Sinqia, fintech de software financeiro, para participar dos testes do real digital desenvolvidos pelo Banco Central (BC).

As três constituíram um consórcio que poderá ser selecionado para os testes da versão tokenizada da moeda brasileira, com início previsto a partir do final de maio.

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Segundo Reinaldo Rabelo, CEO do MB, o consórcio pretende participar das três vertentes dos testes propostos pelo emissor da moeda tokenizada: negociações de atacado, varejo e títulos do Tesouro Nacional. O grupo buscará testar aspectos técnicos da rede e o modelo de governança em DLT.

“O consórcio endereça as três vertentes dada a diversidade dos parceiros, com foco em testar os itens priorizados pelo Bacen para essa etapa, como interoperabilidade, privacidade e segurança da rede”, disse.

A composição do consórcio foi montada para responder a diferentes demandas que o regulador pretende atender com a versão digital da moeda brasileira.

A Cerc atua com infraestrutura do mercado financeiro, fiscalizada pelo Banco Central; a Sinqia é provedora de soluções e tecnologias para entidades autorizadas a operar na Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN); e a Mastercard tem investido na transformação de sua carteira física para o modelo digital, o que inclui a guarda de tokens.

“O MB complementa os skills trazendo experiência em tokenização de moeda eletrônica, caso de uso de DvP [entrega mediante pagamento] no Lift [laboratório de tecnologia do BC] e gestão de processos híbridos, on e off-chain”, disse Rabelo.

O prazo para inscrição dos consórcios terminou na última sexta-feira e as candidaturas serão examinadas por um comitê.

A seleção será com base em critérios como capacidade técnica das equipes de atuar com blockchain, ativos digitais e a experiência que possam agregar aos testes.

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