Mercadante defende apoio às aéreas, mas ressalta garantias de crédito

Presidente do BNDES destacou a importância estratégica de se manter as empresas aéreas nacionais operando no País e disse que países europeus e os EUA suportaram o setor durante a crise

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu nesta quinta-feira (8) o apoio do governo federal e do Banco às companhias aéreas, mas disse que é preciso solucionar o problema das garantias de crédito ao setor.

Mercadante falou em evento da Embratur e da concessionária RioGaleão no aeroporto internacional do Rio, na capital fluminense.

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Ele disse que o BNDES não vai divulgar valores de financiamento ao setor aéreo até que tenha uma avaliação detalhada da situação das empresas e que o Ministério da Fazenda defina o melhor formato de apoio, sobretudo com relação às garantias.

Ainda assim, disse que não tem porque o país não oferecer soluções de crédito às empresas aéreas em momento de crescimento do setor, ou seja, com horizonte de estabilidade financeira.

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Para ilustrar o argumento, Mercadante lembrou que o número de voos do País cresceu 42% em 2023 ante 2022, enquanto o número de passageiros teria avançado 32% na mesma comparação.

“As empresas aéreas têm perspectivas muito boas, mas ficaram anos com aviões no chão. A recuperação do setor foi tardia e com os problemas que tivemos no passado. Precisamos resolver o problema das garantias. É preciso encontrar forma que assegure garantias para que BNDES e outros bancos financie setor aéreo”, disse Mercadante.

O presidente do BNDES citou como exemplos bem sucedido os fundos garantidores FGI Peac, que serviu às pequenas e médias empresas durante a pandemia de covid-19, e o FGE, que garante financiamentos às exportações. Mas disse que ainda não há solução definida para o setor aéreo nesse quesito.

Mercadante destacou a importância estratégica de se manter as empresas aéreas nacionais operando no País e disse que países europeus e os Estados Unidos suportaram o setor durante a crise, ao contrário do Brasil sob o governo Jair Bolsonaro.

“O setor aéreo é vital para a economia. Não é só o negócio em si, mas todas as outras atividades que dependem dele. Não tem porque empresas que têm boa perspectiva, com um processo de recuperação muito forte, não encontrarem uma solução para o futuro”, disse.

Ele elogiou o sistema de recuperação de empresas americano e disse que as premissas adotadas naquele país são interessantes para o Brasil, sobretudo para aéreas locais. “O modelo americano é um modelo que favorece a recuperação. Olha para emprego, geração de renda, e atividade econômica. A Latam se reestruturou por lá, e agora a Gol. O modelo americano é muito mais eficiente para a recuperação de empresas. É um processo que permite, inclusive, pegar crédito”, disse.

Questionado sobre condições de crédito futuras do BNDES ao setor, Mercadante evitou falar em linha específica ou valores, mas disse que com a taxa básica de juros da economia, a Selic, em queda, o custo dos empréstimos do BNDES também vai cair facilitando o processo. E garantiu que o banco dará prioridade às aéreas assim que for resolvida questão das garantias junto ao governo.

Com informações do Estadão Conteúdo

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