Lula comandará comitiva recorde para a China, com 240 empresários

Ainda estarão presentes 30 parlamentares, governadores e ministros

O presidente Lula em entrevista. Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Lula em entrevista. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Eduardo Paes Saboia, confirmou na sexta-feira as datas da visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China. A agenda oficial ocorrerá entre 26 e 31 de março, incluindo um seminário empresarial, e uma visita a Xangai. Lula vai comandar uma comitiva recorde de 240 empresários, sendo 90 representantes do agronegócio, 24 deputados e seis senadores, além de governadores e ministros.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi convidado a integrar a comitiva presidencial, mas ainda não confirmou presença. Trata-se da terceira visita de Estado do Presidente Lula à China, após aquelas realizadas em 2004 e 2009.

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No dia 28, será a agenda oficial de reuniões de Lula com o presidente Xi Jinping, o primeiro-ministro Li Qiang, e o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji. Pelo menos 20 acordos devem ser celebrados nas áreas de agronegócio, ciência e tecnologia, comércio, educação e cultura.

No dia 29, será realizado um seminário empresarial em Pequim. No dia 30, Lula irá a Xangai, onde visitará a sede do Novo Banco de Desenvolvimento. Na noite deste dia, ele retorna ao Brasil.

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Saboia confirmou que as articulações por um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia serão pauta das conversas entre Lula e o presidente Xi Jinping. Saboia observou que Lula tem reforçado em declarações a importância de se falar sobre paz mundial, e lembrou que a China apresentou uma proposta de acordo neste sentido para encerrar a guerra na Ucrânia. Além disso, Xi Jinping vai a Moscou nas próximas semanas. “Esses elementos criam uma massa crítica para uma boa conversa entre os líderes”, afirmou.

O embaixador negou que a visita de Lula à China, logo após o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, implique algum mal estar diplomático. “Não há desconforto diplomático, Lula foi aos Estados Unidos, outros líderes irão à China”, observou. “É natural, visitas e contatos entre os líderes ajudam a melhorar as coisas”, completou.

Serão abordados temas pauta bilateral, como comércio, investimentos, reindustrialização, transição energética, mudança climática e paz e segurança mundial.

A China é, desde 2009, o maior parceiro comercial do Brasil e um dos principais destinos de investimentos chineses. Em 2022, a corrente de comércio atingiu recorde de US$ 150,5 bilhões. Os países comemorarão 50 anos do estabelecimento de relações diplomáticas em 2024.

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