Lula: Dinheiro do BNDES é para investir, não para ser devolvido ao Tesouro
Presidente disse que 'dinheiro do BNDES é para investir, para empresário que quer investir, gerar emprego, pagar salário, para desenvolver o país'
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (12) que o dinheiro do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) tem de ser utilizado em investimentos na economia, e não devolvido ao Tesouro. Segundo ele, os bancos públicos precisam emprestar a Estados que têm capacidade financeira de tomar crédito para projetos públicos.
“Tem gente que acha que o dinheiro do BNDES tem que ser devolvido para os cofres do Tesouro, quando na verdade o dinheiro do BNDES é para investir, para empresário que quer investir, gerar emprego, pagar salário, para desenvolver o país”, disse Lula durante cerimônia no Palácio do Planalto para anunciar investimentos dos bancos públicos federais em Estados do país.
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Mais cedo, em discurso, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, agradeceu ao Tribunal de Contas da União (TCU) por parcelar em oito anos o montante que o banco de fomento ainda tem de devolver ao Tesouro. Com isso, os R$ 22,6 bilhões que a instituição teria de enviar à União neste ano terão o pagamento dividido até 2030.
Segundo Mercadante, sem essa divisão, o banco não teria recursos o suficiente para atender à demanda dos Estados e também de empresas que buscam financiamento. As devoluções se referem aos aportes que o governo fez no BNDES entre 2008 e 2014, no âmbito do primeiro Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
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Ao todo, o BNDES recebeu R$ 440,8 bilhões no período. Desde 2015, com juros e correção, devolveu aos cofres da União R$ 689 bilhões.
Lula afirmou que os bancos públicos precisam financiar os projetos dos entes públicos. “Não sei para que serve um banco se quando um Estado está em condições de pagar, ele não dá”, disse ele. “É uma coisa para mim muito sagrada, e tem muito a ver com presidente, com a disposição, porque tem gente que não quer que empreste mesmo.”
Com informações do Estadão Conteúdo