Lula critica ‘passagem de R$ 10 mil’ de Macapá a Brasília e diz que preço ‘não tem explicação’

Governo do petista planeja programa para baratear preços de passagens aéreas, o Voa Brasil, que era esperado para este ano, mas teve o lançamento adiado para 2024

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de entrega de unidades habitacionais na cidade de Macapá Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira, 18, o preço das passagens aéreas no Brasil e disse que o governo terá de “se debruçar” sobre o assunto. Ele deu as declarações em Macapá, capital do Amapá, onde foi entregar unidades do Minha Casa, Minha Vida e fazer anúncios na área de energia.

“De vez em quando uma passagem de avião daqui (de Macapá, capital do Amapá) para Brasília chega a custar R$ 10 mil. Não tem explicação”, disse o presidente. “Não tem explicação o preço das passagens de avião neste país. Essa é uma coisa que o governo vai ter que se debruçar, o Senado vai ter que se debruçar para a gente tentar encontrar uma solução”, disse Lula.

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O governo do petista planeja um programa para baratear preços de passagens aéreas, o Voa Brasil. A medida era esperada para este ano. O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, porém, disse nesta segunda-feira que ficará para 2024.

A pasta anunciou na manhã desta segunda as primeiras medidas para redução dos preços das passagens aéreas. O anúncio, feito em conjunto com representantes das companhias aéreas, foi focado na promessa de maior volume de promoções.

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O Voa Brasil foi mencionado pela primeira vez no primeiro semestre deste ano, quando o ministro de Portos e Aeroportos ainda era Márcio França. A ideia seria oferece passagens a R$ 200 para alguns setores da população. Segundo Costa Filho, a apresentação do programa deve ser na segunda quinzena de janeiro.

Ações estruturantes

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) avaliou em nota, nesta segunda, que o pacote de promoções de passagens feito pelas empresas aéreas em conjunto com o Ministério de Portos e Aeroportos mostra “cooperação do setor aéreo com a agenda de democratização da aviação”. A entidade destaca que “somente com ações estruturantes e de longo prazo o setor poderá efetivamente ter redução de custos”.

A Abear apontou que, “em todo o mundo, as companhias aéreas ainda buscam neutralizar os impactos gerados pela maior crise de sua história” e que o preço das passagens no Brasil segue o movimento global, acompanhando o aumento dos custos do setor.

Em evento em Brasília que reuniu o ministro da pasta Silvio Costa Filho e representantes das principais aéreas que operam no Brasil (Azul, Gol e Latam) apresentaram planos de disponibilidades de assentos a preços promocionais. Por parte do governo, apesar das expectativas, não foi anunciada nenhuma ação concreta. “Essa é a primeira etapa do programa. Esperamos agendas como essa em 2024?, disse Costa Filho.

Na semana passada, os CEOs da Gol, Celso Ferrer, e da Azul, John Rodgerson, afirmaram em evento para investidores que as conversas com o governo para redução de passagem envolveram três pontos: preço dos combustíveis, alta judicialização do setor e custo de crédito.

Com informações do Estadão Conteúdo

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