“Tenho plena convicção de que nada de errado foi praticado”, diz Barsi, sobre investigação da CVM
Processo sancionador "apura responsabilidades pelo uso de informação privilegiada por administrador da Unipar Carbocloro, antes da divulgação do fato relevante de 2 de junho de 2021 pela companhia"
Acusado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em um processo que analisa o uso de informações privilegiadas envolvendo a Unipar, o megainvestidor Luiz Barsi disse em nota que tem “plena convicção de que nada de errado foi praticado”. As informações foram publicadas pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, e confirmadas pelo Valor.
O assunto objeto de sua solicitação está analisado no âmbito do Processo Administrativo Sancionador 19957.007375/2022-43, informou a CVM. Segundo informações públicas no site da autarquia, o processo sancionador “apura responsabilidades pelo uso de informação privilegiada por administrador da Unipar Carbocloro, antes da divulgação do fato relevante do fato relevante de 2 de junho de 2021 pela companhia”. Barsi é o único acusado no processo. O investidor é dono de 13,9% da companhia e conselheiro de administração desde 2017, segundo o formulário de referência da Unipar.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
No dia 2 de junho, a empresa publicou um fato relevante ao mercado em que confirmava que havia assinado, com a Compass Minerals, um “acordo de confidencialidade e outras avenças” com intuito de analisar informações para uma possível operação. O documento foi divulgado ao mercado depois que uma reportagem do Valor dizia que a petroquímica estava próxima de comprar uma fábrica de cloro-soda da Compass por R$ 300 milhões.
Na nota, o investidor afirma que as operações questionadas ocorreram fora do período de silêncio, e, portanto, lícitas, conforme previsto pelas regras da autarquia. Barsi também informa que os negócios trataram de ” valores extremamente imateriais” perante sua posição acionária e também em comparação ao volume médio diário negociado. A nota enviada à imprensa diz, ainda, que foram operações exclusivamente de compra, “sem evidência de venda ou qualquer lucro auferido”.
Últimas em Economia
“Não tenho uma carteira especulativa e nem me respaldo em qualquer informação para aquisição ou venda dos meus ativos, valendo-me sempre dos meus princípios que me guiam desde o início da minha vida como investidor”, afirmou, completando que está à disposição das autoridades e que o processo sancionador da CVM está em fase inicial.