Kiev é atingida por grandes explosões; governo ucraniano alerta para manhã de conflitos
Milhares de civis pegam em armas para ajudar a defender a capital, enquanto as forças russas enfrentam forte resistência em toda a Ucrânia
Grandes explosões foram registradas ao sul de Kiev no terceiro dia de confrontos entre Rússia e Ucrânia), iluminando o céu da capital ucraniana na madrugada de domingo (noite de sábado no Brasil), segundo relatos de jornalistas.
As explosões foram causadas por mísseis disparados pelos russos. Mais cedo, autoridades ucranianas haviam alertado a população para a possibilidade de bombardeios iminentes da Rússia. Sirenes soaram em Kiev e o governo do país alerta para uma madrugada e uma manhã de domingo com intensos conflitos.
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A equipe da CNN registrou duas grandes explosões a sudoeste de Kiev. Imagens da emissora americana gravadas na capital mostram o céu noturno fortemente iluminado no horizonte.
As explosões ocorreram pouco antes da 1h local (19h em Brasília), segundo o jornal americano The New York Times. De acordo com o Kyiv Post, a explosão ocorreu em um depósito de combustível em Vasilkov, a cerca de 30 km do centro da capital ucraniana. Imagens divulgadas pelo veículo ucraniano no Twitter mostram um foco de incêndio e uma coluna espessa de fumaça. Pouco depois, o governo ucraniano confirmou o local da explosão.
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Há um aeródromo militar nesta região, com diversos tanques de combustíveis, o que pode ter amplificado as explosões e os clarões ao sul de Kiev.
A embaixadora ucraniana nos EUA, Oksana Markarova, confirmou em entrevista à CNN que Vasilkov havia sido atingida, de acordo com o jornal britânico The Guardian.
Kiev registrou neste sábado batalhas entre tropas russas e ucranianas. Um toque de recolher foi decretado, e residentes têm buscado abrigo em bunkers e estações de metrô.
Na noite anterior, os ataques russos à capital Kiev acertaram prédios de apartamentos e outras instalações civis. O governo ucraniano acusa o exército inimigo de fazer um ataque total, sem levar em conta a vida dos civis. O governo russo nega que tenha civis como alvos, mas as imagens de moradias destruídas por mísseis e artilharia deixam claro que os civis são vítimas do confronto.
Analistas apontam que o avanço russo, porém, tem sido mais lento do que o previsto pelos militares devido aos percalços logísticos enfrentados pelo exército invasor, como a falta de diesel para seus blindados, além da resistência do exército ucraniano.
Na manhã de domingo (horário local), autoridades japonesas informaram que o G7 , grupo dos sete países mais ricos (Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos) deverá fazer um novo encontro neste domingo para discutir a situação da Ucrânia e novas sanções contra a Rússia.
No sábado, Europa, EUA e Canadá anunciaram que devem banir alguns bancos russos do sistema Swift.
Reação
Forças ucranianas e milhares de voluntários recém-recrutados recuperaram o controle das ruas de Kiev, depois que tropas russas e unidades disfarçadas em roupas civis tentaram entrar na cidade no início do sábado.
No terceiro dia da guerra, as forças ucranianas lutam ferozmente em todas as frentes, com cada lado afirmando ter infligido pesadas perdas ao outro.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, gravou um discurso em vídeo na rua, do lado de fora da sede presidencial em Kiev, pedindo aos ucranianos que continuem lutando. Ele negou os relatos russos de que havia convocado suas forças a depor as armas.
“A verdade está do nosso lado. Esta é nossa terra, nosso país, nossos filhos, e continuaremos defendendo todos eles”, disse.
Com The Wall Street Journal.