Juros altos ‘ainda não pegaram’ na inflação, diz BofA; banco piora projeções para IPCA em 2025  

Preços dos serviços e inflação subjacente ainda preocupam, mesmo com a taxa de juros em rápida aceleração

Fila de supermercado. Tânia Rêgo/Agência Brasil
Fila de supermercado. Tânia Rêgo/Agência Brasil

Apesar de o IPCA de novembro vir basicamente em linha com o esperado, há algumas notícias que preocupam. Uma delas é o fato de que as altas taxas de juros “ainda não pegaram” na inflação como se esperava. Essa é a percepção do Bank of America.

“A inflação ainda está acelerando apesar do elevado nível das taxas de juros”, escreveram os analistas do BofA.

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Assim, com a piora geral do cenário para a inflação, o banco atualiza a projeção para o IPCA de 2025 para 4,3%. Anteriormente, a expectativa era de 3,9%.

Pontos de atenção

O banco norte-americano destaca a aceleração da inflação de serviços, que passou de 0,35% no mês anterior para 0,83%.

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Além disso, os serviços básicos caíram apenas marginalmente de 0,76% para 0,60%, “em níveis ainda elevados”, avalia o BofA em relatório.

O banco também destaca o fato de que outras medidas, como da inflação subjacente, também deterioraram.

Qual foi a inflação em novembro?

O IPCA de novembro fechou com variação positiva de 0,39%. Isso significou desaceleração dado que em outubro os preços gerais da economia avançaram 0,56%. Os dados foram divulgados pelo IBGE na última terça-feira (10).

Contudo, os números do mês passado ficaram levemente acima do consenso de expectativas do mercado financeiro. Assim, os investidores esperavam 0,38% de alta nos preços.

Nesse sentido, a inflação está em 4,87% em 12 meses. A taxa somada dos 11 meses de 2024 até aqui já está em 4,29%. Assim, caminha para fechar o ano acima do teto da meta, de 4,5%.

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