J.P. Morgan eleva projeção de PIB do Brasil para 2023

Banco revisa PIB do Brasil para 2023 em 0,8 p.p. com safra recorde do agronegócio e impulso de serviços no primeiro trimestre

Linha de produção industrial. Foto: José Paulo Lacerda/CNI
Linha de produção industrial. Foto: José Paulo Lacerda/CNI

A produção agrícola melhor que o esperado e seus efeito positivo sobre outros setores, como o de fretes, levaram a uma revisão das projeções do J.P. Morgan para o PIB de (Produto Interno Bruto) do Brasil para 2023. O banco de investimentos espera agora que a economia cresça 1,7% este ano, contra 0,9% da projeção anterior — aumento de 0,8 pontos percentuais.

Em relatório, os economistas Cassiana Fernandez e Vinicius Moreira notam que os dados mais recentes mostram uma melhora do ritmo de crescimento do Brasil, reforçado sobretudo pelos efeitos de transbordamento da safra recorde.

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O que explica o reajuste do J.P. Morgan para PIB do Brasil

Os analistas do banco de investimentos americano ressaltam que, no entanto, a agricultura não é a única responsável para a revisão do PIB do Brasil para 2023. Eles destacam que o crescimento do setor de serviços também veio com força acima da esperada no último trimestre.

“Não é tudo sobre agricultura e seus encadeamentos. Tanto o avanço do crédito quanto dos serviços são sólidos, mesmo excluindo os transportes dos dados de serviços e o setor agro e de frete dos dados de crédito”, afirmam.

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Eles dão como exemplo o setor de construção civil, que tem se destacado por causa da alta do crédito direcionado, e também da aceleração do emprego no setor de transportes, mídia, serviços financeiros e imobiliários.

O J.P. Morgan estima que a economia brasileira tenha crescido a um ritmo anualizado e sazonalmente ajustado de 4,9% nos primeiros três meses do ano na comparação trimestral, e que algum impulso tenha se mantido no segundo trimestre. Assim, a projeção também anualizada para a expansão de abril a junho é subiu de 0,2% para 1,5%. “Também elevamos levemente nossas expectativas para o segundo semestre, o que faz com que nossa projeção para 2023 passe a 1,7% e a de 2024, de 0,8% para 1,0%”, afirmam.

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