Itaú: Ritmo de cortes da taxa Selic pode acelerar até o fim de 2023
Em relatório, economistas do banco alertaram para a conclusão do mandato de dois diretores do BC nos próximos meses
O ritmo de cortes da taxa Selic pode acelerar no final de 2023, afirmou o Itaú Unibanco em relatório nesta quinta-feira (3), após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter reduzido a taxa em 0,50 ponto percentual na véspera, para 13,25% ao ano.
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Até o fim de 2013 haverá mais três encontros do Copom: 19 e 20 de setembro, 31 de outubro e 1º de novembro e 12 e 13 de dezembro.
Três outros cortes de 0,50 ponto levariam a taxa básica a 11,75%.
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Esta também é a nova previsão do Itaú para a Selic no fim deste ano, ante estimativa anterior, de 12%.
A decisão foi dividida, o que é incomum. Foram cinco votos pelo corte de 0,5 ponto, incluindo o do presidente do BC, Roberto Campos Neto, contra quatro diretores, que votaram por redução de 0,25 ponto.
A equipe do banco, chefiada pelo economista Mario Mesquita, notou que a maioria dos votos de diretores com orientação mais conservadora preferiu uma abordagem mais cautelosa.
Os economistas consideraram que os argumentos apresentados no comunicado para justificar a decisão “poderiam facilmente ter sido usados para justificar um” corte de 0,25 ponto, mas que a opinião da maioria foi mais otimista.
Troca de diretores
Nesse sentido, um dos pontos apontados pelo Itaú é que os mandatos de Fernanda Guardado, Maurício Costa de Moura, dois dos diretores que na véspera votaram por um corte menor da Selic, terminam em dezembro próximo,
“Deve-se notar também que dois dos diretores dissidentes têm mandatos que expiram em dezembro e, caso sejam substituídos, é provável que o comitê se torne um pouco mais dovish (mais brando)”, afirmou a instituição.
Por ora, o banco afirmou que aguardará a divulgação, na próxima terça-feira, da ata da reunião concluída na véspera para considerar mudanças adicionais no cenário.
