Itaú melhora previsão para o PIB em 2022 e vê Selic a 13% ao ano

Banco aponta que a alta dos preços internacionais de petróleo e commodities agrícolas vai pressionar ainda mais a inflação

(Foto: Divulgação)
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O impacto direto da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre a economia brasileira tende a ser restrito, tendo em vista as relações comerciais limitadas entre o Brasil e os dois países em conflito, avalia o Itaú Unibanco. Em relatório divulgado nesta segunda-feira (14), o banco aponta que os principais efeitos serão indiretos. “Via aumento dos preços internacionais de commodities, bem como impactos sobre o PIB global”, diz o texto.

Diante do novo cenário, a instituição financeira revisou a projeção para o PIB nacional em 2022 de uma retração de 0,5% para um crescimento de 0,2%. “Incorporando dados correntes melhores que o esperado e a mudança de fundamentos em direção favorável para a atividade econômica (alta de preços das commodities e mais estímulo fiscal)”, anota o Itaú.

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A alta dos preços internacionais de petróleo e commodities agrícolas deve acelerar a expectativa de inflação no ano, indica o banco. “Revisamos a projeção para o IPCA 2022 de 5,5% para 6,5%”, mostra o relatório. Apesar disso, a instituição considera que parte do impacto será amortecida pela redução anunciada da alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e taxa de câmbio média mais apreciada.

Para o Itaú, diante do aumento das pressões inflacionárias e o consequente risco de desancoragem de expectativas, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) deverá realizar “um aperto monetário mais prolongado do que o que esperávamos antes da escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia”. “A taxa Selic deve subir 1 ponto percentual na próxima reunião, 0,75 p.p. em maio e 0,50 p.p. em junho, encerrando esse ciclo em 13% ao ano – patamar que deve se manter até o final do ano”, destaca o texto.

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Já no cenário para o câmbio, o Itaú avalia que “os preços de commodities mais elevados, a perspectiva de crescimento marginalmente melhor, assim como a taxa Selic mais elevada ao longo do ano devem permitir que a moeda brasileira passe uma parte maior do ano em patamar mais apreciado”. “Para o final de 2022, no entanto, mantivemos a nossa projeção de taxa de câmbio em R$ 5,50 por dólar em razão das incertezas externas e domésticas”, completa o texto.

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