Itaú Unibanco: Fed deve iniciar ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos em maio

Banco projeta quatro quedas em 2024 e taxa terminal de 3,6% em 2025

Os juros nos Estados Unidos foram mantidos pelo Federal Reserve (Fed) no intervalo de 5,25% a 5,50%. Foto: Javier Ghersi/Getty Images
Os juros nos Estados Unidos foram mantidos pelo Federal Reserve (Fed) no intervalo de 5,25% a 5,50%. Foto: Javier Ghersi/Getty Images

Os juros nos Estados Unidos devem começar a cair em maio, avalia o Itaú Unibanco em relatório. O banco leva em consideração, entre outros fatores, as últimas falas de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), de que a taxa não será reduzida na reunião de março.

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“Powell indicou que não deve começar cortes em março, nosso cenário anterior, mas descreveu um cenário de inflação favorável para um início breve, tornando o início de cortes na reunião seguinte, em maio”, diz o texto assinado por Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú e colunista da Inteligência Financeira.

“Avaliamos que os dados mais fortes de atividade geram dúvidas mais sobre o tamanho do ciclo do que sobre o momento do início do ciclo. Assim, continuamos a esperar quatro cortes de 0,25 ponto percentual esse ano, levando a uma taxa terminal de 3,6% em 2025”, acrescenta Mesquita no comentário.

Itaú: o que esperar do PIB dos Estados Unidos

Ainda no relatório, o Itaú elevou a previsão de crescimento do PIB dos Estados Unidos em 2024, de 1,5% para 2,5%. Isso depois de a economia americana ter crescido 2,5% em 2023, anota o banco.

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“O crescimento do 4T23 surpreendeu novamente para cima, em 3,3% no trimestre anualizado, com números fortes no final do trimestre, indicando um carrego favorável para o início de 2024”, observa Mario Mesquita.

“A estimativa para o 1T24 também mostra resiliência em 1,8%, com 3,0% de crescimento de consumo. A demanda doméstica continua bem suportada pelo crescimento da massa salarial real e os balanços confortáveis de famílias e empresas. O mercado de trabalho, que poderia ser um fator de moderação do consumo, ainda desacelera apenas gradualmente”, prossegue o economista-chefe.

Já a inflação nos Estados Unidos, avalia o Itaú, continua benigna na margem e deve seguir em tendência de desaceleração. O banco aponta que o núcleo do PCE (índice de preços de gastos com consumo) desacelerou para 1,5% na métrica trimestral anualizado, para 1,9% em 6 meses anualizados e para 2,9% na variação anual.

“Uma desaceleração significativa que antecipou a discussão de cortes de juros. Esperamos que janeiro tenha um efeito temporário altista de sazonalidade residual, mas com desaceleração já a partir de fevereiro”, comenta Mario Mesquita.

“A desinflação de serviços deve continuar lenta, enquanto a inflação de bens ainda deve contribuir negativamente por alguns meses com a normalização de estoques, principalmente no setor de automóveis, a despeito dos riscos geopolíticos”, completa o economista-chefe do banco.

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