Itaú eleva projeção de Selic de 11,75% para 12,50%
Para o banco, o BC vislumbra um ritmo mais lento de elevação da taxa Selic à frente, “mas sem uma pausa iminente”
Na avaliação do Itaú Unibanco, a ata da última da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central indica que a autoridade monetária vislumbra um ritmo mais lento de elevação da taxa Selic à frente, “mas sem uma pausa iminente”. Deste modo, após a divulgação do documento, a instituição financeira elevou a sua projeção de Selic terminal de 11,75% para 12,50%.
“O comitê alerta sobre os riscos representados pela incerteza da política fiscal e observa o nível elevado de incerteza decorrente dos preços de ativos e commodities”, afirma o departamento de pesquisa macroeconômica do Itaú Unibanco em relatório assinado pelo economista-chefe, Mario Mesquita.
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O banco observa que, na discussão sobre o ritmo apropriado de elevação dos juros, o parágrafo 15 da ata menciona que o comitê analisou suas projeções de inflação utilizando simulações com trajetórias de política monetária com diferentes taxas terminais, ritmos de ajuste e duração do aperto monetário. “O texto destaca que os cenários considerados, consistentes com a convergência da inflação para suas metas, pressupunham trajetória da taxa de juros superior às utilizadas no cenário de referência”, nota o Itaú.
“A conclusão do Copom, descrita no parágrafo 16, é que o ritmo de ajuste de 1,50 ponto percentual, seguido de ajustes adicionais em ritmo menor nas próximas reuniões, é a estratégia mais adequada para atingir aperto monetário suficiente e garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante, assim como a ancoragem das expectativas de prazos mais longos”, diz a instituição financeira, no relatório.
