Varejo forte no começo do ano gera viés positivo para o PIB em 2024, dizem Itaú e Bradesco

Setor cresceu acima das expectativas pelo segundo mês seguido

Pessoa contando notas do real, o dinheiro brasileiro. Foto: Ueslei Marcelino/File Photo/Reuters
Pessoa contando notas do real, o dinheiro brasileiro. Foto: Ueslei Marcelino/File Photo/Reuters

As vendas do varejo brasileiro cresceram 1% em fevereiro ante janeiro, informou nesta quinta-feira (11) o IBGE.

Dessa forma, o resultado superou a previsão do mercado financeiro, que estimava uma queda de 1,3% no mês, conforme as Projeções Broadcast.

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Em relação ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção, de veículos e de atacado alimentício, as vendas avançaram 1,2% na passagem de janeiro para fevereiro.

Enquanto isso, a expectativa do mercado era de retração de 0,9% no período.

Otimismo

Em relatório, tanto Itaú Unibanco quanto Bradesco destacaram a “surpresa positiva” dos dados.

Assim, os bancos consideram que o desempenho do setor no começo do ano deixa um viés positivo para a alta do PIB em 2024.

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“Esse resultado é o segundo crescimento expressivo do varejo neste ano e corresponde a um crescimento interanual de 9,7%”, anota o Bradesco.

“Com o dado de hoje, o carrego estatístico das vendas no varejo para o 1T24 ficou em 2,5% (índice restrito) e 3,0% (índice ampliado)”, aponta o Itaú.

Alta do PIB 2024

“O resultado foi uma surpresa altista espalhada entre os segmentos, reforçando o viés de alta para o consumo no primeiro trimestre do ano”, prossegue o Bradesco.

“Para o crescimento do PIB, esperamos alta de 2,0% neste ano, com contribuição importante do comércio e do consumo das famílias”, indica o banco.

“Dados de fevereiro corroboram nossa visão que o número mais forte de janeiro não era payback ou alguma distorção sazonal. Acreditamos que os precatórios (disponibilizados para os consumidores no início do ano) e o aumento do salário-mínimo estão impactando positivamente as vendas no varejo”, detalha o Itaú.

“Com isso, esperamos que o primeiro semestre de 2024 será mais forte do que previamente projetamos, gerando um viés positivo para o PIB 2024 (atualmente em +2,0%)”, completa o banco.

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