Itaú sobre ata do Copom: ‘Corte de juros não é iminente’

Banco manteve a projeção de Selic a 12,50% no fim de 2023, com queda a partir do 4º trimestre

Sede do Banco Central, em Brasília-DF. Foto: Rodrigo Oliveira/BCB
Sede do Banco Central, em Brasília-DF. Foto: Rodrigo Oliveira/BCB

O Itaú Unibanco considera que a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, faz uma descrição altamente didática da atual conjuntura econômica e seus diversos aspectos. Na avaliação do banco, em relatório, o documento divulgado nesta terça-feira (28) pelo Banco Central mostra que a autoridade monetária vê uma desaceleração econômica ocorrendo, discute sua intensidade, mas a considera necessária para o processo desinflacionário.

“A mensagem principal é que a política monetária deve ser paciente e serena, e que um corte de juros não é iminente”, destaca o Itaú. “O comitê aguardará o impacto da desaceleração econômica e anúncios de política econômica (como o novo quadro fiscal ainda por vir) sobre as expectativas de inflação, antes do início do corte de juros”, acrescenta o banco.

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“Essa função de reação parece mais próxima à de 2008 (esperar para cortar) do que à de 2011 (cortar antes do início evidente de desinflação)”, observa o Itaú. “Dessa forma, mantemos nossa projeção de taxa Selic para 12,50% ao ano ao final de 2023, e esperamos que o primeiro corte ocorra no quarto trimestre”, completa o banco.

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