IPCA-15 veio melhor, mas ainda não dá conforto, afirma presidente do Banco Central

Declarações vêm na esteira de crescentes apostas de que o Copom elevará a Selic em setembro

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou nesta quarta-feira (28) receios com pressões inflacionárias, com o desemprego cadente, com os elevados preços no setor de serviços e com os gastos do governo.

Embora tenha admitido melhora em outros assuntos que vinham preocupando o BC, como a economia internacional, Campos Neto reforçou que o órgão aguarda mais dados para referenciar o entendimento sobre o cenário.

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O mandatário do BC evitou dar uma sinalização clara sobre o que o Comitê de Política Monetária (Copom) fará na próxima reunião, em setembro.

Mas citou especificamente um indicador da terça-feira (27), o IPCA-15. O índice subiu 0,19% em agosto, em linha com as expectativas.

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Dessa forma, o índice ficou abaixo da taxa de 0,30% observada em julho.

No acumulado em 12 meses, o índice está em 4,35%, ainda acima da meta de longo prazo do BC, de 3% ao ano.

“O IPCA-15 veio um pouco melhor, mas ainda não nos dá conforto”, disse Campos Neto, durante conferência anual do Santander, em São Paulo.

Suas declarações vêm na esteira de crescentes apostas de que o Copom elevará a Selic, hoje em 10,5% ao ano, na reunião de setembro.

Banco Central: transição suave, sem deselegância

Campos Neto, cujo mandato termina em dezembro, reforçou ainda a visão de que seu sucessor deveria ser indicado logo, para facilitar a transição.

“Queria fazer uma transição suave, assim como o Ilan fez comigo”, disse ele, em referência ao seu antecessor, Ilan Goldfajn.

Na noite de terça-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dissera que a indicação do governo para suceder Campos Neto deve vir até o começo de setembro. Mas ainda na tarde desta quarta-feira (28), o ministro indicou formalmente Gabriel Galípolo para a presidência do BC.

Galípolo é o atual diretor de política monetária do BC.

Após a indicação oficial, o escolhido deve passar por sabatina no Senado Federal.

Pelo sistema atual, o presidente do BC, uma vez aprovado pelo Senado, tem mandato fixo de cinco anos.

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