Inflação: Gasolina sobe 4,75% e pressiona alta de 0,12% do IPCA em julho
Taxa em 12 meses voltou a acelerar pela primeira vez desde junho de 2022, para 3,99%
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta sexta-feira (11) que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 0,12% em julho após deflação de 0,08% em junho.
Assim, a inflação oficial brasileira foi a 3,99% no acumulado em 12 meses ante 3,16% da leitura do mês anterior. Essa é a primeira aceleração na soma em um ano desde junho de 2022, quando o índice atingiu 11,89%
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Os dois resultados vieram acima das expectativas dos agentes financeiros.
O mercado projetava um IPCA mensal de 0,06% e uma taxa de 3,93% na soma em um ano.
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Combustíveis pesam no bolso
Conforme o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta em julho. O grupo transportes apresentou o maior impacto (0,31 ponto percentual) e a maior variação (1,50%) no IPCA.
A gasolina, subitem de maior peso individual no índice (4,79%), foi o produto que mais impactou no resultado do mês, com uma variação de 4,75% e contribuição de 0,23 p.p.
A alta capta a reoneração de impostos, com a volta da cobrança da alíquota cheia de PIS/COFINS.
Em relação aos demais combustíveis (4,15%), foram registradas altas no gás veicular (3,84%) e no etanol (1,57%), enquanto o óleo diesel caiu 1,37%.
As altas da passagem aérea (4,97%) e do automóvel novo (1,65%) também contribuíram para o resultado do grupo.
Preços de energia, óleo de soja e leite mais baratos
No lado das quedas, o IBGE destaca os grupos habitação (-1,01% e -0,16 p.p.) e alimentação e bebidas (-0,46% e -0,10 p.p.).
No grupo habitação (-1,01%), a energia elétrica residencial (-3,89%) apresentou o impacto negativo mais intenso do mês (-0,16 p.p.).
O resultado foi por conta da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado integralmente nas faturas emitidas em julho.
Já a baixa no grupo alimentação e bebidas (-0,46%) foi influenciada, principalmente, pelo recuo nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%), que já havia apresentado resultado negativo em junho (-1,07%).
Entre os produtos, destacam-se feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%).
Já a alimentação fora do domicílio (0,21%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%) em virtude das altas menos intensas do lanche (0,49%) e da refeição (0,15%).
Os resultados dos demais grupos foram: -0,24% de vestuário; 0,00% de comunicação; 0,04% de artigos de residência; 0,13% de educação; 0,26% de saúde e cuidados pessoais e o 0,38% de despesas pessoais.