IPCA de junho mostra que ficou mais barato comer em casa, comprar carro e abastecer o veículo
Inflação brasileira ficou em -0,08% no mês; taxa em 12 meses desacelerou a 3,16%
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta terça-feira (12) que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em -0,08% em junho, abaixo da taxa de 0,23% observada em maio. Aliás, essa é a menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%
Além disso, no acumulado em 12 meses, o índice oficial da inflação brasileira desacelerou a 3,16% ante 3,94% do mês anterior. A taxa somada em um ano é a mais baixa desde setembro de 2020, quando estava em 3,14%.
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Em relação às previsões dos agentes financeiros, o IPCA ficou praticamente em linha. A mediana das estimativas era de -0,10%. Porém, o mercado esperava uma taxa de 3,14% no acumulado em 12 meses.
Destaques do IPCA de junho
De acordo com o IBGE, alimentação e bebidas (-0,66%) e transportes (-0,41%) foram os grupos que mais contribuíram para a deflação de junho, com impacto de -0,14 ponto percentual e -0,08 ponto percentual no índice geral, respectivamente.
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Também registraram quedas os artigos de residência (-0,42%) e comunicação (-0,14%).
Por outro lado, nas altas, o maior impacto (0,10 ponto percentual) e a maior variação (0,69%) vieram de habitação.
Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de educação e o 0,36% de despesas pessoais.
A inflação no seu bolso
O IBGE destaca que a deflação do grupo alimentação e bebidas foi influenciada, principalmente, pelo recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,07%).
Destacam-se as quedas do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%).
Já a alimentação fora do domicílio (0,46%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,58%), em virtude das altas menos intensas do lanche (0,68%) e da refeição (0,35%).
Em transportes, a queda deve-se ao recuo nos preços dos automóveis novos (-2,76%) e dos automóveis usados (-0,93%).
Destaca-se, ainda, o resultado de combustíveis (-1,85%), com as baixas do óleo diesel (-6,68%), do etanol (-5,11%), do gás veicular (-2,77%) e da gasolina (-1,14%).
No lado das altas, as passagens aéreas subiram 10,96%, após queda de 17,73% em maio.
Já para o avanço do grupo habitação, a maior contribuição veio da energia elétrica residencial (1,43%), seguida pela taxa de água e esgoto (1,69%).
Em ambos os casos, houve reajustes aplicados em algumas áreas de abrangência da pesquisa.
Por fim, por outro lado, houve queda nos preços de gás encanado (-0,04%), devido a reduções tarifárias, e do gás de botijão (-3,82%).