Inflação: IPCA-15 desacelera para 0,51% em maio, abaixo do esperado
Taxa em 12 meses caiu para 4,07%, segundo o IBGE
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta quinta-feira (25) que o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) ficou em 0,51% em maio – após taxa de 0,57% em abril. O resultado ficou abaixo da mediana de projeções coletadas pelo Investing.com, de avanço de 0,64%.
O indicador funciona como prévia do IPCA, índice usado pelo governo como referência para o cumprimento da meta de inflação, e ajuda nas projeções para os próximos passos do Banco Central, em especial sobre quando a autoridade monetária pode começar a reduzir a taxa Selic.
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Já a inflação acumulada em 12 meses pelo IPCA-15 desacelerou para 4,07% – ante taxa de 4,16% observada em abril. A mediana de estimativas do Investing.com era de 4,21%.
Destaques
Segundo o IBGE, Saúde e cuidados pessoais (1,49%) e Alimentação e bebidas (0,94%) foram os grupos com maior impacto no índice do mês, com 0,20 p.p. cada. Na sequência, veio o grupo Habitação (0,43%), que contribuiu com 0,07 p.p.
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Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês de maio. Os dois grupos que registraram queda foram Artigos de residência (-0,28%) e Transportes (-0,04%). Os demais grupos ficaram entre o 0,02% de Comunicação e o 0,40% de Despesas Pessoais.
A alta do grupo Saúde e cuidados pessoais foi puxada novamente pelo aumento nos preços de produtos farmacêuticos (2,68%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março.
O grupo de Alimentação e bebidas foi influenciado principalmente pela alta da alimentação em domicílio (1,02%), que havia recuado em abril (-0,15%). Destacam-se as altas nos preços do tomate (18,82%), da batata-inglesa (6,60%), do leite longa vida (6,03%) e do queijo (2,42%). No lado das quedas, os destaques foram o óleo de soja (-4,13%) e as frutas (-1,52%).
Já a alimentação fora do domicílio passou de 0,55% em abril para 0,73% em maio. O lanche acelerou (de 0,82% em abril para 1,08% em maio), enquanto a variação dos preços da refeição (0,46%) foi menor que a do mês anterior (0,52%).