Inflação nos EUA fica em 8,3% em 12 meses até agosto

Dado pior reforça apostas por uma nova forte alta nas taxas de juros

Telão durante pregão da Bolsa de NY (NYSE) mostra discurso de Jerome Powell, presidente do Fed. Foto: Reuters/Andrew Kelly
Telão durante pregão da Bolsa de NY (NYSE) mostra discurso de Jerome Powell, presidente do Fed. Foto: Reuters/Andrew Kelly

O índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA registrou alta de 0,1% em agosto ante julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (13) pelo Departamento do Trabalho do país. O consenso do mercado era de queda de 0,1%.

A inflação americana ficou em 8,3% no acumulado em 12 meses até agosto – abaixo dos 8,5% do mês anterior. O mercado, no entanto, esperava um recuo da taxa anual para 8,1%.

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Já o núcleo do índice subiu 0,6% na comparação mensal, enquanto o consenso era de alta de 0,3%.

O indicador pior que o esperado causa temores de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) precise ser ainda mais duro no aperto monetário para combater a alta de preços, o que prejudica principalmente os ativos de risco.

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A autoridade monetária aumentou as taxas de juros em 0,75 ponto percentual em cada uma de suas duas últimas reuniões e parece estar a caminho de aprovar outro aumento desse tamanho em sua reunião de 20 a 21 de setembro.

O presidente do Fed, Jerome Powell, disse no final de agosto que, embora os aumentos das taxas reduzam a inflação, “eles também trarão algum sofrimento às famílias e empresas”.

“O dado frustra as expectativas de que a inflação seria controlada mais rapidamente e o aperto monetário não seria necessário em tanta intensidade”, aponta Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter. “O dado hoje mostra que ainda temos um cenário de muita incerteza e a inflação ainda é um problema que requer taxas de juros maiores nos países desenvolvidos”, acrescenta.

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