Inflação deve aliviar somente em maio com energia mais barata, diz Itaú

O banco espera para o mês o provável fim da bandeira de escassez hídrica

Setor de energia pode movimentar R$ 30 bi em M&As neste ano. Foto: Burak Kebapci/Pexels
Setor de energia pode movimentar R$ 30 bi em M&As neste ano. Foto: Burak Kebapci/Pexels

Embora o IPCA-15 tenha vindo acima do que o mercado esperava, a economista do Itaú Unibanco Julia Passabom disse ao Valor que a expectativa de inflação para o índice cheio no fim de março e para abril é ainda mais alta, acima de 1%, e que um alívio deve vir somente em maio, quando espera-se que o provável fim da bandeira de escassez hídrica nas contas de energia pode permitir uma deflação na margem.

“A gente espera leituras bem altas também no fechado de março e em abril. Para março está próxima do 1,30% e para abril próxima de 1,10%. Portanto, as próximas duas leituras devem ficar acima de 1% andando com o reajuste recente anunciado pela Petrobras”, comentou a economista.

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Julia Passabom explica que o reajuste dos combustíveis veio no dia 11 de março e a coleta do IPCA fechou na semana seguinte. Apesar de o repasse para os preços nas bombas ter sido rápido, o efeito maior no índice ainda está por vir. “A gente já está sentindo os efeitos da guerra conforme quando vamos no posto abastecer os carros, mas nas leituras oficiais de inflação isso vai se intensificar no fechado de março e também em abril”, afirmou.

“Mais adiante, a gente começa a ver algum alivio principalmente ligado a parte de bandeira tarifária. Sabemos que deve ficar com bandeira de escassez hídrica até o fim de abril, isso foi o que o governo sinalizou, mas em maio a gente tem expectativa do fim dessa cobrança extra. A nossa expectativa é ter uma bandeira amarela e, com isso, ver uma deflação em maio”, disse a economista.

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Em relação à taxa Selic, o Itaú Unibanco revisou nesta semana a projeção de 13% para 13,75% no fim do atual ciclo de alta. Segundo a economista, o alívio momentâneo com a taxa de câmbio e a expectativa de contas de energia mais barata, portanto, não anula os efeitos inflacionários causados pela guerra, o que colocou mais pressão sobre o Banco Central.

 

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