Indústria volta a crescer em dezembro e fecha 2021 com alta de 3,9%

Ano foi marcado por altos e baixos na produção, com recuperação no primeiro semestre e perda de fôlego nos meses seguintes

Foto: Fernando Ogura/AEN-PR
Foto: Fernando Ogura/AEN-PR

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta quarta-feira (2) que a produção industrial avançou 2,9% na passagem de novembro para dezembro 2021. No mês anterior, a indústria havia registrado variação nula (0,0%), o que interrompeu cinco meses consecutivos de queda. Com o resultado de dezembro, o setor fechou 2021 com ganho acumulado de 3,9%, o primeiro desempenho positivo depois de dois anos em baixa. Em 2019, o acumulado do ano foi de -1,1% e em 2020, de -4,5%.

Em 2021, a produção enfrentou altos em baixos. Houve ganho acumulado de 13,0% no primeiro semestre e, posteriormente, o setor industrial mostrou redução de fôlego. Os resultados positivos dos primeiros meses do ano, conforme o IBGE, tinham relação com uma base de comparação muito depreciada, já que em 2020 houve perdas bastante intensas para a indústria”, explica. Já o segundo semestre do ano, cujo resultado acumulado foi de -3,4%, tinha uma base de comparação mais elevada.

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“Há os reflexos da pandemia no processo produtivo, como o encarecimento dos custos de produção e falta de matérias-primas, e também, pelo lado da demanda doméstica, inflação em patamares mais elevados e o mercado de trabalho que, embora tenha mostrado algum grau de recuperação, ainda é muito caracterizado pela precarização das condições de emprego, com pagamento de salários menores”, observou André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM).

No acumulado do ano, a indústria teve resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas: bens de capital (28,3%), bens intermediários (3,3%) e duráveis (1,9%). Foram observados também avanços em 18 das 26 atividades investigadas pela pesquisa, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (20,3%), máquinas e equipamentos (24,1%) e metalurgia (15,4%).

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