Índices de NY apontam para abertura de bolsas em alta, com menor temor por crise na Ucrânia

Os principais índices futuros de Wall Street operam em terreno positivo na manhã desta quarta-feira

Bolsa de Nova York, localizada em Wall Street - Foto: Robb Miller/Unsplash
Bolsa de Nova York, localizada em Wall Street - Foto: Robb Miller/Unsplash

Os principais índices futuros de Wall Street operam em terreno positivo na manhã desta quarta-feira, indicando uma abertura de mercado em alta. O movimento ocorre após os investidores equilibrarem o temor ante a crise na Ucrânia com a fala do presidente do país, Volodymyr Zelensky, de que pode abrir mão de uma adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Nessa recalibragem de humor, analistas também relativizam o bloqueio de petróleo russo pelos americanos e britânicos, indicando que o impacto no mercado pode ser menor do que se esperava.

Às 10h45, o futuro do Dow Jones operava em alta de 1,67%, enquanto o do S&P 500 subia 1,98% e o do Nasdaq crescia 2,50%. Na sessão de ontem houve bastante oscilação, marcando bem a instabilidade diante da crise geopolítica. Na última hora de negociação, os três índices reverteram ganhos e, no fechamento, o índice Dow Jones perdeu 0,56%, a 32.632,64 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 0,72%, a 4.170,70 pontos, e o Nasdaq recuou 0,28%, a 12.795,55 pontos.

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Mais uma vez ontem o índice setorial de energia foi o mais beneficiado pela crise geopolítica, tendo subido 1,38%. Apesar disso, os ganhos do petróleo no dia foram se reduzindo ao longo da sessão (fecharam em alta de quase 4%, mas longe do ganho máximo do dia próximo de 7%).

Houve efeitos sobre o bloqueio de petróleo russo pelos EUA e pelo Reino Unido. Ainda que venha a ocorrer impacto no mercado, a leitura é que a importação de petróleo pelos americanos é relativamente pequena. Na leitura do Commerzbank, “como os EUA não impuseram nenhuma sanção secundária forçando outros países a interromper suas importações de petróleo da Rússia, essas quantidades não devem realmente sobrecarregar o mercado”. Ainda segundo o banco alemão, “teoricamente, os EUA poderiam até compensar as interrupções da Rússia com sua própria produção”.

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Ontem, analistas disseram ainda que a liquidação observada nos últimos dias mudou drasticamente após uma entrevista da ABC News na segunda-feira à noite com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na qual ele parecia rejeitar a adesão da Ucrânia à Otan e estaria aberto a um possível acordo com a Rússia que levaria ao fim das hostilidades.

Esse movimento vem dando um viés de otimismo ao investidor que busca recuperar parte das perdas recentes, que levaram o Nasdaq para o “bear market” (quando perde 20% ou mais do pico mais recente). Mas, “enquanto os contornos do fim da guerra estão se tornando visíveis, isso não significa necessariamente que os combates vão parar tão cedo”, disse Arne Petimezas, analista sênior do AFS Group.

Hoje, ativos de segurança voltam a recuar. No horário acima, o ouro perdia 2,04%, e operava a US$ 2.002,0 por onça-troy, enquanto o dólar no exterior caía com força. O índice DXY perdia 0,60%, a 98,461 pontos. Já o yield da T-note de dez anos (que é pressionado para cima com a menor demanda pelo papel) subia no horário já citado, operando a 1,899%, de 1,871% do último fechamento.

Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

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