Índices acionários em Nova York recuam após sinais duros de Powell
Os índices acionários em Nova York encerraram a sessão em queda, em movimento que ganhou corpo após os sinais emitidos pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Em evento realizado em Dallas, ele afirmou que a saúde da economia americana permite que o banco central tenha menos pressa para cortar os juros. Com uma […]
Os índices acionários em Nova York encerraram a sessão em queda, em movimento que ganhou corpo após os sinais emitidos pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Em evento realizado em Dallas, ele afirmou que a saúde da economia americana permite que o banco central tenha menos pressa para cortar os juros. Com uma retração nas apostas de uma redução dos Fed Funds em dezembro, a demanda por risco perdeu força e impôs um dia de queda às ações em Wall Street.
No encerramento do dia, o S&P 500 caiu 0,60%, aos 5.949,17 pontos; o Dow Jones recuou 0,47%, aos 43.750,86 pontos; e o Nasdaq exibiu perdas de 0,64%, aos 19.107,65 pontos.
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Em meio aos sinais de fadiga do rali que se estabeleceu nas ações em Nova York após o desfecho das eleições presidenciais americanas, os índices em Wall Street oscilaram na marca da estabilidade durante toda a sessão. Perto do fim do dia, no entanto, os comentários de Powell ampliaram a aversão a risco nos mercados, diante da percepção de um ciclo de cortes de juros mais lento nos Estados Unidos.
O dirigente afirmou que a boa forma da economia americana permite que o banco central tenha mais tempo para decidir o quão rápido quer continuar reduzindo as taxas de juros. “A economia não está enviando nenhum sinal de que precisamos ter pressa para reduzir as taxas”, disse, em comentários preparados para uma palestra em Dallas. “A força que estamos vendo atualmente na economia nos dá a capacidade de abordar nossas decisões com cuidado”, afirmou.
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As declarações foram imediatamente interpretadas como uma menor intenção de manter cortes sequenciais de juros no curto prazo. Segundo dados do CME Group, a chance de um corte de 0,25 ponto na reunião de dezembro passou de 82,5% ontem para 58,7%. No mesmo sentido, o juro da T-note de 2 anos, mais sensível às perspectivas de política monetária, subia de 4,294% para 4,364% perto do horário de fechamento.
Para além das perspectivas de política monetária, resultados corporativos também direcionaram os negócios da sessão.
As ações da Disney saltaram 6,25%, depois que a empresa divulgou fortes resultados fiscais do quarto trimestre. A gigante do entretenimento registrou um aumento de 39% nos lucros, para US$ 1,14 por ação. A receita aumentou 6%, chegando a US$ 22,57 bilhões. A FactSet esperava um aumento de 34% nos lucros, para US$ 1,10 por ação, com uma receita de US$ 22,48 bilhões.
Outras importantes movimentações de lucros incluíram Cisco Systems, JD.com e Nu Holdings. As ações da Cisco caíram 2,13%, enquanto as da JD.com recuaram 6,56%. As ações da Nu Holdings recuaram 2,88% após divulgar resultado trimestral com ligeiro aumento da inadimplência.
Já as ações da Tesla caíram 5,8% com temores de que Donald Trump encerre os programas de subsídios para carros elétricos.
*Com informações do Valor Econômico