IF HOJE: Produção industrial cai 2,4% em janeiro e fica abaixo do patamar pré-pandemia

O mercado esperava uma queda de 1,9% no primeiro mês de 2022

Linha de produção da M. Dias Branco, fabricante de massas e biscoitos, que é listada na B3 (O Globo)
Linha de produção da M. Dias Branco, fabricante de massas e biscoitos, que é listada na B3 (O Globo)

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta quarta-feira (9) que a a produção industrial registrou queda de 2,4% em janeiro de 2022 frente ao mês anterior, eliminando assim grande parte do avanço de 2,9% observado em dezembro de 2021. No confronto com o mesmo mês do ano anterior, a retração foi de 7,2%. Em doze meses, a produção acumula alta de 3,1%.

Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram assinaladas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,4%) e indústrias extrativas (-5,2%), que haviam acumulado expansão de 18,2% e de 6,0%, respectivamente, nos dois últimos meses de 2021. Outras contribuições negativas relevantes vieram de bebidas (-4,5%), de metalurgia (-2,8%), de outros produtos químicos (-2,2%), de máquinas e equipamentos (-2,3%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,4%), de produtos de metal (-3,3%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,5%) e de produtos de minerais não-metálicos (-2,4%).

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Por outro lado, entre as seis atividades que apontaram crescimento, exerceram os principais impactos em janeiro de 2022 as produções de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,5%) e de produtos alimentícios (1,4%). A primeira intensificou a taxa positiva verificada no mês anterior (0,1%); e a segunda marcou o terceiro mês seguido de expansão, acumulando nesse período ganho de 13,8%.

Por que importa?

Com o resultado de janeiro, a indústria se encontra 3,5% abaixo do patamar de antes do início da pandemia, em fevereiro de 2020, e 19,8% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

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Como afeta seus investimentos?

O resultado veio pior que a expectativa do mercado, que projetava um recuo de 1,9% no primeiro mês de 2022. O dado reforça a percepção de enfraquecimento da economia brasileira, que pode refletir na curva de juros e na expectativa de um aperto monetário menos intenso.

Fique por dentro:

Rússia proibirá exportações de commodities em resposta a novas sanções do Ocidente

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, decidiu proibir as exportações de algumas commodities e matérias-primas em resposta às novas sanções impostas ao país devido à invasão da Ucrânia. As commodities que terão a exportação proibida ainda serão determinadas pelo gabinete de Putin, segundo decreto publicado nessa terça-feira (8), em Moscou. Os ministros terão dois dias para apresentar uma lista de produtos e de países que serão sujeitos à medida. O decreto foi publicado horas depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, ter anunciado uma proibição às importações de petróleo e gás natural russos. A União Europeia (UE) anunciou plano para reduzir as importações do gás russo em dois terços ainda neste ano. Já o Reino Unido informou que reduzirá gradualmente as compras de petróleo e derivados da Rússia até o final de 2022.

Proposta de subsídio temporário para conter alta dos combustíveis ganha força no governo

Em meio à escalada de preço dos combustíveis, agravada pela invasão da Rússia à Ucrânia, o governo avançou nesta tarde na busca de uma solução para tentar conter mais aumentos para o consumidor. A proposta mais concreta, discutida em uma reunião hoje na Casa Civil, continua sendo a adoção de uma política de subsídios temporária, de curto prazo para barrar a alta dos preços na bomba. O Valor apurou, com fontes do governo a par das discussões, que a decisão final ainda não foi tomada, e haverá novas reuniões sobre o tema. O debate será levado ao presidente Jair Bolsonaro, que está preocupado com os reflexos da alta dos combustíveis na campanha à reeleição. Segundo fontes do governo, o modelo mais viável, debatido na reunião desta tarde, é uma política de subsídios, prevista para durar de três a seis meses, coincidindo com o possível prolongamento do conflito armado no Leste Europeu. Esse modelo também daria fôlego a Bolsonaro na campanha eleitoral, que começa oficialmente em agosto. Mas o governo ainda discute a fonte dos recursos.

Para acompanhar hoje:

9h: produção industrial de janeiro

12h: relatório Jolts de vagas em aberto nos EUA em janeiro

12h30: estoques de petróleo nos EUA até 1º de março

(Com Valor Econômico)

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