IF Hoje: Vendas no varejo crescem 1,1% em setembro ante agosto

Mercado acompanha de perto medidas do governo federal que possam afetar o comércio nos próximos meses

Varejo de roupas. Foto: Pixabay
Varejo de roupas. Foto: Pixabay

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou na manhã desta quarta-feira (9) os números do desempenho do varejo em setembro. As vendas do comércio em setembro cresceram 1,1% frente a agosto. Nos últimos doze meses, porém, houve uma queda de 0,7%.

O mercado acompanha com um olho os dados sobre a saúde da economia neste momento e com outro as perspectivas que se desenham conforme avança a transição para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Ainda não há definições sobre os nomes a compor a equipe do Ministério da Economia (que voltará a se chamar Fazenda), o que abre espaço para muita boataria e um tanto de tensão, mas as medidas já em estudo podem afetar bastante a atividade nos próximos meses. É positivo, na visão dos investidores, que os membros do time que está pensando nas questões mais imediatas conte com os pais do Plano Real, André Lara Resende e Pérsio Arida.

Eles precisarão encontrar uma maneira de acomodar no orçamento de 2023, desde janeiro, o pagamento do Auxílio Brasil (que também voltará a se chamar Bolsa Família) de R$ 600 e do aumento do salário mínimo acima da inflação.

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Os benefícios sociais, incluindo os abonos pagos aos caminhoneiros e taxistas nos últimos meses pelo governo Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de angariar votos, estão sustentando o consumo e o setor de varejo neste ano. A manutenção de um nível razoável de distribuição de renda garante que o comércio continue aprensentando um bom desempenho no próximo ano. Só não pode haver estímulo demais, porque o fantasma da inflação perdeu um pouco de força mas segue à espreita.

Como afeta os investimentos?

Se os dados do varejo estiverem em linha com as expectativas, as ações do setor podem reagir positivamente por três motivos. Primeiro, porque o avanço em setembro teria um efeito positivo nos balanços por alguns meses. Segundo, porque, não estando aquecido demais, não vai pressionar a inflação – a perda de poder de compra afeta diretamente o varejo. Terceiro, porque, sem causar inflação, não vai ensejar novos aumentos de juros por parte do Banco Central, o que sempre prejudica quem vende a prazo.

Agenda do dia

  • 9h – Brasil: Vendas no varejo (setembro)
  • 22h30 – EUA: Estoques de petróleo bruto
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