IF Hoje: Banco Central Europeu deve aumentar juros em meio a temores de recessão
BCE também deve anunciar medidas para enxugar a liquidez do mercado bancário
Lutando contra a pior inflação em 40 anos, o BCE (Banco Central Europeu) deve voltar a aumentar sua taxa básica de juros nesta quinta-feira (27). A estimativa do mercado é de elevação de 0,75 ponto percentual, para 1,5% ao ano, totalizando 2,2 pontos percentuais em três reuniões consecutivas (antes, a taxa estava negativa). De quebra, provavelmente sinalizará que virão outras altas nos próximos meses.
Mais importantes do que esse movimento, porém, são as esperadas medidas para enxugar a liquidez do mercado. A primeira é a reversão da estratégia de compra de títulos de dívida nas mãos de instituições financeiras, que ajudou a injetar dinheiro na economia durante as crises, incluindo a causada pela pandemia de Covid-19. A segunda, mudar as super amigáveis regras para os empréstimos concedidos pelo BCE aos bancos da Zona do Euro.
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A autoridade monetária europeia precisa dosar muito bem todas essas ações a fim de conseguir domar os preços sem piorar a desaceleração da economia. Os economistas prevêem que os países da região vão mergulhar em recessão entre o final deste ano e o começo de 2023.
O mundo todo – inclusive o Brasil – acompanha de perto cada passo do BCE porque o efeito dominó da inflação e da desaceleração da atividade na Europa tem sido muito amplo. No comunicado em que justificou a manutenção de sua taxa básica de juros em 13,75% ao ano, na quarta (26), o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) citou a disparada de preços e o medo de uma recessão global entre os riscos para a economia brasileira nos próximos meses.
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