IPCA: inflação sobe 0,59% em outubro após três meses de queda

Alta no mês ficou acima das projeções do mercado, que esperava um avanço de 0,49%

Alimentos e passagens aéreas foram os itens que pesaram na aceleração da inflação no fim de 2023; alta de preços saiu de 0,28%, em novembro, para 0,56% em dezembro. Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Alimentos e passagens aéreas foram os itens que pesaram na aceleração da inflação no fim de 2023; alta de preços saiu de 0,28%, em novembro, para 0,56% em dezembro. Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Após três meses de queda, a inflação voltou a acelerar em outubro. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta quinta-feira (10) que o IPCA de outubro de 2022 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,59% no mês em relação a setembro .

O resultado ficou acima das projeções do mercado, que esperava um avanço de 0,49%.

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No ano, o IPCA acumula alta de 4,70% e, nos últimos 12 meses, de 6,47%, abaixo dos 7,17% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2021, a taxa havia sido de 1,25%.

Destaques do IPCA de outubro

O grupo vestuário teve a alta mais intensa, 1,22%, mas a maior influência no índice geral veio de alimentação e bebidas, com crescimento de 0,72% e impacto de 0,16 ponto percentual (p.p.) no índice geral.

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Na sequência das maiores influências estão os grupos de saúde e cuidados pessoais (1,16% e 0,15 p.p.) e transportes (0,58% e 0,12 p.p.)

O único grupo com queda em outubro foi comunicação (-0,48%), que contribuiu com -0,03 p.p. Os demais ficaram entre o 0,18% em educação (0,01 p.p.) e o 0,57% em despesas pessoais (0,06 p.p.).

A alta nos alimentos foi puxada pela alimentação no domicílio (0,80%), com batata-inglesa (23,36%) e tomate (17,63%) contribuindo, juntas, com 0,07 p.p do resultado total do mês. O grupo também registrou aumentos na cebola (9,31%) e nas frutas (3,56%).

Entre as quedas, destaque para o leite longa vida (-6,32%), que já havia recuado 13,71% em setembro, e o óleo de soja (-2,85%), que marcou a quinta queda consecutiva.

Na alimentação fora do domicílio, que cresceu 0,49%, o lanche desacelerou e saiu de 0,74% em setembro para 0,30% em outubro, enquanto a refeição seguiu caminho inverso, de 0,34% em setembro para 0,61% em outubro.

Já em transportes, dois fatores preponderante para a oscilação. Além do aumento da passagem aérea, de 27,38%, também foi importante o recuo no preço dos combustíveis, de 1,27%, menos intenso do que no mês anterior, quando a queda foi de 8,50%.

A gasolina (-1,56%), o óleo diesel (-2,19%) e o gás veicular (-1,21%) seguem trajetória de queda, mas o etanol registrou alta de 1,34%.

Também houve recuo nos preços dos transportes por aplicativo (-3,13%), que haviam subido 6,14% em setembro.

No grupo vestuário, a influência em outubro foi da alta nos preços das roupas masculinas (1,70%) e das roupas femininas (1,19%).

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