Haddad não está só: Janet Yellen defende taxação progressiva de bilionários
Secretária do Tesouro dos Estados Unidos demonstrou, no entanto, cautela quanto à implementação de uma tributação internacional
A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, afirmou nesta quinta-feira (25) que os Estados Unidos apoiam “firmemente” a tributação progressiva e a taxação de bilionários. Porém, Yellen ressaltou que é “difícil” coordenar a política tributária internacionalmente.
Ela também disse que não considera ser necessário um acordo global nesse sentido.
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“Os Estados Unidos apoiam firmemente a tributação progressiva. Há propostas caminhando nesse sentido nos Estados Unidos, inclusive sobre a tributação de bilionários. É uma iniciativa relevante e que muitos países podem adotá-la”, disse a jornalistas.
Yellen está no Rio para o encontro de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20, grupo de 19 países, mais União Europeia (UE) e Africana. As reuniões acontecem nesta quinta e sexta-feira (26) em um hotel na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
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Haddad contra super-ricos
Nesse sentido, a taxação dos super-ricos é defendida pelo Brasil na presidência rotativa do G20. Na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que a taxação global de 2% sobre super-ricos tem potencial de gerar uma arrecadação de até US$ 250 milhões por ano.
Assim, Yellen se mostrou favorável à discussão da taxação pelos países, mas demonstrou cautela quanto à implementação de uma tributação internacional, como defende o Brasil.
“Vamos trabalhar na propagação dessas ideias entre o G20. Mas a política tributária é muito difícil de ser coordenada internacionalmente. Não achamos necessário coordenar um acordo global quanto a isso”, ressaltou.
Yellen e Haddad se encontraram ontem, no Rio. Após o encontro, o ministro brasileiro afirmou que não discutiu a taxação dos “super-ricos” com a secretária americana.
Com informações do Valor Econômico