Haddad: Mesmo com 3 agências de crédito aumentando nota do Brasil, tem gente dizendo que elas estão erradas
Ministro da Fazenda defendeu a regulamentação da reforma tributária sobre consumo e a importância de marcos regulatórios setoriais 'mais estáveis e modernos'
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que, “mesmo com três agências de crédito” melhorando o rating ou a perspectiva de rating do Brasil, “tem gente dizendo que elas estão erradas”. A afirmação foi feita em reunião aberta no Palácio do Planalto com representantes da indústria siderúrgica.
“Não podemos deixar nos levar por vozes dissonantes”, disse. Mas ele reconheceu que “também não podemos descuidar e achar que o trabalho já está feito. Não está”, afirmou.
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O ministro pediu apoio aos empresários presentes, “inclusive no Congresso Nacional”. Ele defendeu a regulamentação da reforma tributária sobre consumo e a importância de marcos regulatórios setoriais “mais estáveis e modernos”.
Haddad discursou do lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para Lula, o ministro afirmou que “o presidente herdou desafios de serem enfrentados”.
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“O destino caprichou com o senhor”, disse.
Segundo Haddad, balanço da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda a respeito da política fiscal herdada em 2023 mostra que, “além dos R$ 63 bilhões de déficit primário” previsto para o ano passado, “a rubrica do Bolsa Família estava descoberta em R$ 60 bilhões”.
“Nós herdamos um problema da ordem de R$ 320 bilhões, e é isso que estamos tentando administrar”, disse, afirmando que é “fundamental colocar ordem na bagunça desse período”.
O ministro disse que, apesar dos problemas, a inflação “cai constantemente”. Ele citou recuo da trajetória de preços na casa dos 9% em anos anteriores para patamar “abaixo dos 4%” em 2024.
“Este ano vai ser infinitamente melhor do que o ano anterior”, disse.
O ministro ainda destacou para os presentes que “vocês ouviram durante 10 anos que o potencial de crescimento” do Produto Interno Bruto (PIB) era de 1,5%. Também disse que “estamos conduzindo a política macroeconômica de maneira e responsável e tomando medidas para alavancar o crescimento”.
Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico