Haddad: Estamos tomando medidas necessárias para controle da inflação
Ministro da Fazenda disse que já esperava, 'em função do que está acontecendo no mundo, que houvesse uma mexida na inflação deste ano'
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira que o governo federal está “tomando as medidas necessárias” para que a inflação fique sob controle. Também destacou que alterações na Selic pelo Banco Central (BC) neste momento não afetarão a inflação deste ano.
Conforme divulgado mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses subiu de 4,23% em junho para 4,5% em julho. O valor é exatamente o teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC). A meta é 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
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“O BC tem o mandato para cuidar da inflação. Estamos acompanhando, tomando as medidas necessárias. O BC tem falado a respeito”, disse Haddad na saída do Ministério da Fazenda. “O dólar teve queda significativa nos últimos dias. A gente espera que esses números (inflação) convirjam para patamares inferiores.”
Haddad afirmou que o Ministério da Fazenda já esperava, “em função do que está acontecendo no mundo, que houvesse uma mexida na inflação deste ano”.
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“Vamos analisar com calma, tem muita coisa para acontecer ainda neste ano, sobretudo no cenário internacional”, disse. “Hoje os juros afetam a inflação de 2026. Você não vai corrigir a inflação de 2024 aumentando os juros. É preciso ver a trajetória de inflação ao longo dos meses para ver o remédio adequado.”
Segundo o ministro, “tivemos boas notícias em relação à cesta básica, preços de alimentos” recentemente. Ele chamou atenção para a importância de “o Brasil continuar crescendo, com inflação baixa e renda do trabalhador continuar subindo.”
O ministro destacou ainda que o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, afirmou ontem que o mandato da autoridade monetária “é perseguir a meta de inflação”.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve por unanimidade a taxa básica de juros em 10,5% ao ano.
Com informações do Valor Econômico