Haddad diz que Campos Neto sugeriu escolha de Galípolo

Ministro considerou que indicado para diretoria do BC não deve enfrentar resistência no mercado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e Gabriel Galípolo. O secretário-executivo da pasta foi escolhido para a diretoria de Polícia Monetária do Banco Central. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que a indicação de Gabriel Galípolo para a diretoria de política monetária do Banco Central não deve enfrentar resistência no Senado ou no mercado financeiro.

“Galípolo foi presidente de banco, é conhecido dos economistas, coautor de todas as políticas públicas que estão sendo endereçadas ao Congresso”, disse, em entrevista coletiva em São Paulo.

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“Galípolo tem transitado muito por Câmara e Senado, negociado os principais projetos da Fazenda, tem boa relação com os presidente das Casas e líderes partidários. Vamos ter uma tramitação tranquila”, acrescentou.

Sobre a resistência que o nome de Galípolo tem entre o mercado financeiro, Haddad comentou que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi um dos primeiros a sugerir o seu nome para compor a diretoria da autoridade monetária.

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“Só a título de curiosidade: a primeira vez que ouvi o nome de Galípolo para o BC partiu do Roberto Campos Neto. Estava no G20, na Índia, fomos almoçar juntos e [o presidente do BC] foi a primeira pessoa que mencionou a possibilidade do Galípolo ir para o Banco Central, no sentido de entrosar as equipes do BC e da Fazenda”, complementou.

O ministro rechaçou a ideia de que Galípolo seria o nome do PT no Banco Central ou que a ideia seja mudar a política de juros.

“Acho uma ‘forçação de barra’ querer fazer essa associação, ou achar que ele chegaria lá para agir sem observar o estatuto e a missão do Banco Central. Ele está indo lá para cumprir a lei e com o seguinte comando: buscar harmonizar política fiscal e política monetária.”

Por outro lado, o ministro afirmou esperar uma maior “integração e coordenação” entre Executivo e Banco Central.

“Vamos dividir informações e responsabilidades. Vamos poder estar mais próximos, fazer chegar nosso ponto de vista, assim como recebemos do BC o ponto de vista dos técnicos.”

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