Haddad vê Copom ‘interrompendo’ queda da Selic para avaliar cenário

Ata do Copom destacou o cenário desafiador para inflação no Brasil entre as razões para a manutenção da taxa básica de juros em 10,50%

Fernando Haddad, ministro da Fazenda Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Fernando Haddad, ministro da Fazenda Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considerou nesta terça-feira que a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgada na manhã desta terça-feira “está muito aderente ao comunicado, o que é bom”.

“Transmite a ideia de que está havendo uma interrupção [no corte de juros] para avaliar o cenário interno e externo para o Copom ficar à vontade de tomar decisões a partir de novos dados”, afirmou o ministro.

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Na ata divulgada mais cedo, o Copom reiterou que “a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.

Preocupação com inflação

Questionado sobre indicações do Banco Central para eventual subida dos juros na piora do cenário inflacionária, Haddad se limitou a dizer que a ata fala de “interrupção” no corte da Selic.

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“Eventuais ajustes, se necessários, sempre vão acontecer, mas é importante frisar que a diretoria fala de interrupção no ciclo, e essa é uma diferença importante para ser salientada”, respondeu o ministro.

Sobre a inflação, o ministro da Fazenda falou que há uma “pequena pressão inflacionária” devido à calamidade pública no Rio Grande do Sul.

“Essa é uma inflação que afeta o curto prazo. O horizonte relevante do Banco Central é de médio e longo prazo, não faz muito sentido levar em consideração o que está acontecendo no Rio Grande do Sul para fins de política monetária. Os juros de hoje estão afetando 12, 18 meses para frente”, falou o ministro aos jornalistas.

A ata do Copom informa que alguns membros “mostraram maior preocupação com a inflação de alimentos no curto prazo, destacando não só o efeito das enchentes do Rio Grande do Sul, como também revisões nos preços de alimentos em outras regiões”, bem como destacou que os efeitos econômicos da tragédia no Rio Grande do Sul ainda são uma grande incerteza.

Ele voltou a repetir que o governo federal trabalha para superar a crise do Rio Grande do Sul.

Com informações do Valor Econômico

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