Governo confirma reajuste de até 5,6% para medicamentos

Aumento pode ser aplicado em cerca de 10 mil apresentações de medicamentos vendidos nas farmácias

Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) confirmou nesta sexta-feira (31), em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), que o índice de reajuste anual dos preços de medicamentos deste ano será de 5,6%.

O aumento, que já havia sido estimado pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), pode ser aplicado a partir de hoje em cerca de 10 mil apresentações de medicamentos vendidos nas farmácias e repõe a inflação do período.

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Mas, segundo o setor, o reajuste acumulado pelos medicamentos entre 2013 e 2023 é menor do que a inflação geral. Nesse período, enquanto o IPCA chegou a 98,4%, o aumento de preço dos remédios foi de 65,4%.

“Os medicamentos têm um dos mais previsíveis e estáveis comportamentos de preço da economia brasileira”, afirma em nota o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.

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Conforme a entidade, 2022 foi um ano atípico para a indústria farmacêutica, com demanda imprevista de produtos para doenças respiratórias e escalada dos custos de produção, puxada pelo encarecimento dos insumos farmacêuticos ativos (IFAs), cotados em dólar.

Além disso, quase todo IFA usado no país é importado e as tarifas de frete seguiram elevadas. Nesse ambiente, diz o sindicato, várias indústrias farmacêuticas fecharam o ano com margens reduzidas.

Conforme o Sindusfarma, o reajuste não é automático nem imediato, uma vez que a elevada concorrência entre as empresas do setor regula os preços.

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