Fed: não é apropriado cortar juro antes de ter maior confiança na desinflação

BC americano notou que aumentos nos preços da habitação começaram a ficar mais moderados, chegando a 6,1% em 12 meses encerrados em janeiro, abaixo de um pico de mais de 8%

Sede do Federal Reserve em Washington, D.C. (Foto: Reuters)
Sede do Federal Reserve em Washington, D.C. (Foto: Reuters)

O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) vê a taxa de juros, provavelmente, no pico deste ciclo de aperto, diz o Federal Reserve em seu relatório de política monetária que será apresentado ao Congresso na próxima semana. De acordo com o documento, o FOMC não acha apropriado cortar juros antes de ter maior confiança na desinflação.

Refletindo o melhor equilíbrio entre a procura de trabalho e oferta, os ganhos salariais nominais desaceleraram em 2023, mas permanecem acima de um ritmo consistente com 2% de inflação no longo prazo, diante das tendências prevalecentes no crescimento da produtividade, pontuou o Fed.

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O BC americano notou que os aumentos nos preços dos serviços de habitação começaram a ficar mais moderados, chegando a 6,1% em 12 meses encerrados em janeiro, abaixo de um pico de mais de 8%. Esta desaceleração, ressalta o documento, é consistente com os aumentos menores nos aluguéis de mercado em contratos de arrendamentos assinados por novos inquilinos observados desde final de 2022.

Para o Fed, o abrandamento do mercado de aluguéis aponta, portanto, para uma desaceleração contínua nos preços dos serviços de habitação ao longo do próximo ano.

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Riscos geopolíticos

Os riscos geopolíticos para a economia “continuam salientes” e são capazes de ampliar pressões inflacionárias ou renovar estresses sobre o sistema financeiro dos Estados Unidos, apontou o Federal Reserve (Fed), em relatório anual sobre política monetária, divulgado há pouco.

O BC americano destaca principalmente a guerra da Rússia contra a Ucrânia e potencial expansão da guerra entre Israel e o Hamas no Oriente Médio.

O relatório nota, por exemplo, que as interrupções no transporte marítimo pelo Mar Vermelho estão ampliando a pressão sobre o petróleo e representam um risco de alta para os preços de energia neste ano.

Além disso, o Federal Reserve destaca que as interrupções no transporte também afetam os preços de outros bens e podem ameaçar todo o processo global para restaurar um nível mais baixo de inflação, caso as tensões aumentem.

Segundo o Fed, este é um temor compartilhado por outros bancos centrais estrangeiros, que alertaram sobre a possibilidade de desaceleração ou reversão da queda nos preços se houver uma materialização de riscos geopolíticos ou se o mercado de trabalho seguir resiliente.

Com informações do Estadão Conteúdo

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