Expectativa de saída da China da política de covid zero acelera commodities e faz dólar recuar

Dólar recua e é negociado abaixo de R$ 5,05

Neste semestre, o dólar sofreu uma queda de 9,27%, a maior em sete anos. (Foto: Pixabay)

O dólar registra queda ante o real na manhã desta sexta-feira, pegando carona no ambiente externo mais positivo para ativos de risco, após notícias de que a China pretende abrandar sua política de covid zero. Ao mesmo tempo, investidores avaliam os dados do mercado de trabalho americano, que registrou taxa de desemprego acima da esperada, e, localmente, seguem de olho no noticiário político.

Por volta das 10h20, o dólar comercial recuava 1,64%, a R$ 5,0413, após mínima em R$ 5,0283. A última vez que a mínima foi tão baixa foi em 10 de agosto, que ficou em R$ 5,0354. No exterior, o índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de seis divisas principais, operava em queda de 1,11% , aos 111,68 pontos.

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Segundo informações da Reuters, a China fará mudanças em sua política de “tolerância zero” para covid-19 nos próximos meses, segundo um ex-funcionário chinês de controle de doenças, em uma conferência organizada pelo Citi hoje, a qual a agência obteve áudios da gravação. Zeng Guang, ex-epidemiologista-chefe do Centro Chinês Controle e Prevenção de Doenças, que foi uma voz importante na luta contra a covid da China, disse que as condições para a abertura da China estavam “acumulando”, citando novas vacinas e o progresso que o país havia feito na pesquisa de medicamentos antivirais.

“A notícia da possível saída da China da política de covid zero fez o mercado, principalmente de commodities, acelerar tirando pressão sobre o dólar em caráter global”, avalia o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni. Com isso, pela manhã, os contratos de petróleo tipo Brent e WTI subiam mais de 3% no mercado internacional, refletindo nas moedas emergentes, como o real, e exportadoras, que se valorizam.

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Investidores também avaliam os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. O país criou 261 mil vagas de trabalho em outubro, ante expectativa de 205 mil, e a taxa de desemprego ficou em 3,7% em outubro, acima do previsto por alguns economistas, de 3,5%.

No Brasil, a transição do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) para o do presidente eleito Lula continua no radar do mercado, principalmente notícias envolvendo o Orçamento do ano que vem, que o governo eleito busca modificar para acrescentar mais gastos, e especulações sobre os possíveis nomes sobre quem ocupará o ministério da Fazenda.

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