EUA: Inflação sobe 7,1% em 12 meses, menos que o esperado, e anima mercado

A inflação nos EUA caiu para 7,1% em novembro, ficando abaixo do projetado pelo mercado, seu ritmo mais lento desde o final de 2021

Rua de Nova York, nos EUA - Foto: Tatiana Shyshkina/Unsplash
Rua de Nova York, nos EUA - Foto: Tatiana Shyshkina/Unsplash

A inflação nos EUA subiu apenas 0,1% em novembro em relação ao mês anterior e aumentou 7,1% em 12 meses, ante estimativas de 0,3% e 7,3%, respectivamente. É o ritmo mais lento de alta nos preços ao consumidor desde o final de 2021, informou o Departamento do Trabalho norte-americano nesta terça-feira (13).

O dado veio abaixo do que o projetado pelo mercado e animou os investidores. Isso por que os números da inflação devem orientar a decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano) nesta quarta-feira, em sua decisão de política monetária.

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O ritmo mais lento da inflação é uma consequência da atuação do Fed, banco central dos EUA, que elevou sua taxa básica de juros este ano no ritmo mais rápido desde o início dos anos 1980. O objetivo é justamente combater a inflação.

Inflação disparou em 2021

A inflação disparou em 2021 quando a economia se recuperou da pandemia de Covid-19. Os preços dispararam quando a crescente demanda do consumidor – alimentada por taxas de juros muito baixas e estímulos do governo – colidiu com a oferta limitada causada por interrupções relacionadas à pandemia. A invasão da Ucrânia pela Rússia inflamou ainda mais a inflação em todo o mundo, elevando os preços da energia e de outras commodities. Isso culminou na leitura do IPC dos EUA em junho, a mais alta desde 1982.

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A inflação continua alta, no entanto, e se espalhou para serviços com uso intensivo de mão de obra, à medida que os salários subiram em um mercado de trabalho apertado, onde a demanda por trabalhadores excede o número de desempregados à procura de emprego. O baixo desemprego e os ganhos salariais estão ajudando a alimentar os gastos do consumidor, que permaneceram robustos apesar do rápido aumento dos preços.

O presidente do Fed, Jerome Powell, em um discurso recente, disse que as tendências de preços de serviços, sem incluir habitação, refletem as pressões inflacionárias na economia em geral e são importantes para avaliar a trajetória futura da inflação.

“Como os salários representam o maior custo na prestação desses serviços, o mercado de trabalho é a chave para entender a inflação nessa categoria”, disse ele.

O mercado espera que o Fed anuncie nesta quarta-feira um aumento de 0,5 ponto percentual nos juros, levando as taxas a uma faixa entre 4,25% e 4,5%, o nível mais alto desde dezembro de 2007.

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