EUA criam 275 mil empregos em fevereiro; para CME, dado pode acelerar corte de juros
O resultado ficou acima do teto das expectativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de 125 mil a 260 mil postos de trabalho
A economia dos Estados Unidos criou 275 mil empregos em fevereiro, em termos líquidos, segundo relatório publicado nesta sexta-feira (8) pelo Departamento do Trabalho do país.
O resultado ficou acima do teto das expectativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de 125 mil a 260 mil postos de trabalho, com mediana de 200 mil.
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Com o dado positivo, a ferramenta do CME Group que monitora a possibilidade de redução da taxa de juros dos EUA pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) até 12 de junho registrou um aumento significativo,de 74,4% para 82,9%.
Detalhamento dos dados do payroll de fevereiro
O relatório, conhecido como payroll, mostrou também que a taxa de desemprego dos EUA subiu para 3,9% em fevereiro, ante 3,7% em janeiro. A previsão era de que a taxa permaneceria em 3,7% no mês passado.
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O Departamento do Trabalho também revisou para baixo os números de criação de empregos de janeiro, de 353 mil para 229 mil, e de dezembro, de 333 mil para 290 mil.
Em fevereiro, o salário médio por hora teve alta de 0,14% em relação a janeiro, ou US$ 0,05, a US$ 34,57, variação que ficou abaixo da projeção do mercado, de 0,20%.
Na comparação anual, houve ganho salarial de 4,28% no último mês, inferior à previsão de 4,40%.
Como o payroll pode afetar as próximas decisões do Fed
A chance de um corte até a decisão de 1º de maio, crescia de 26,6% antes do payroll a 31,0% há pouco.
Já para a próxima decisão, de 20 de março, não houve alteração, com 95% de chance de manutenção e 5% de corte de 25 pontos-base nos juros.
Até dezembro, a chance de que os juros ainda estejam na faixa atual, de 5,25% a 5,50%, estava em zero (de 0,2% ontem).
O quadro visto como mais provável é que eles estejam na faixa entre 4,25% e 4,50%, ou seja, um corte de 100 pontos-base ao longo deste ano, em 35,9% (de 33,6% ontem e 34,0% logo antes do payroll).
Com informações do Estadão Conteúdo