Luiz Calainho: ‘Setor cultural viverá quatro anos espetaculares’, diz empresário sobre o governo Lula

Controlador da L21, que faturou R$ 210 milhões no ano passado, retoma parceria com Cláudio Botelho e Charles Möeller e anuncia a reabertura do Blue Note Rio

Defensor da Lei Rouanet, Calainho diz: “O que quase nunca é dito quando se fala sobre o assunto é que diversos setores dispõem de leis de incentivo” — Foto: Ana Paula Paiva/Valor

Há 32 anos, quando deixou o cargo de gerente de marketing da Skol, na Brahma, para trabalhar na Sony Music Brasil, Luiz Calainho diz que teve de abrir mão de uma renda bem maior – tanto que balançou na hora de concretizar a saída, mudando de ideia duas vezes antes de decidir finalmente entrar para a gravadora. Ele poderia estar bem mais rico hoje, acrescenta, “mas não estaria feliz como estou”.

Na época, sua preocupação era apaziguar o então vice-presidente da gravadora, Roberto Augusto, fulo da vida com o vai não vai. Por sugestão da gerente administrativa da Sony, Calainho foi encontrá-lo, dias depois, num show de Julio Iglesias no Maracanãzinho. Foi recebido com um cumprimento caloroso como um balde de gelo. Terminado o show, Augusto ordenou que ele o acompanhasse ao camarim. Lá, para sua surpresa, foi apresentado a Iglesias da seguinte maneira: “Este é o novo head de marketing da Sony Music Brasil”.

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Calainho, hoje com 56 anos, relembra do episódio com os olhos marejados neste “À Mesa com o Valor”. “Nunca vou esquecer dessa história”, diz, emendando uma risada. Conta, em seguida, por que deu adeus à gravadora, no ano 2000, quando exercia o cargo de vice-presidente – e embolsava US$ 70 mil por mês, além de um bônus anual de US$ 150 mil. “Me vi pronto para empreender no universo da economia criativa”, resume ele, que ajudou a lançar Daniela Mercury, Skank, Cidade Negra e Zezé Di Camargo & Luciano e trabalhou com artistas como Shakira e Michael Jackson.

Para o almoço com o Valor, escolheu um de seus negócios mais bem-sucedidos, a filial paulistana do lendário clube de jazz nova-iorquino Blue Note. A acanhada matriz, no bairro de Greenwich Village desde 1981, se habituou a servir de palco para estrelas como Sarah Vaughan, Dizzy Gillespie e Oscar Peterson – com direito a iluminação indireta e plateia grudada nos instrumentistas.

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O clube também tem unidades na Califórnia, no Havaí, em Milão, Tóquio, Pequim e Nagoia (Japão). Os interessados em montar uma filial precisam pagar à família Bensusan, dona da marca, uma taxa inicial de US$ 250 mil, além de royalties.

Inaugurada em 2019, a unidade de São Paulo tem capacidade para 336 pessoas. Ocupa 800 m2 do segundo andar do Conjunto Nacional, na avenida Paulista. A sugestão do local veio de um dos sócios, o empresário argentino Facundo Guerra, responsável pela criação do Bar dos Arcos, no subterrâneo do Theatro Municipal, e pela retomada, em 2013, do bar Riviera, entre outras iniciativas do gênero.

“Foi uma ideia absolutamente genial”, observa Calainho, acrescentando que se trata de um dos prédios mais emblemáticos da cidade e no qual circulam cerca de 40 mil pessoas por dia. Ele detém 50% do negócio e a outra metade está nas mãos de Guerra, de mais três sócios e da Fábrica de Bares, a companhia por trás dos bares Léo e Brahma, entre outros. Ao todo, foram investidos R$ 3,8 milhões no clube jazzístico.

De calça jeans rasgada, cardigã cinza e camiseta preta, a mesma cor do tênis, ele chega antes do horário marcado – 12h30 de uma quarta-feira nublada de janeiro. Opta por uma mesa alta afastada do palco, no qual um flautista e um vibrafonista se apresentam. Senta-se de costas para os músicos, o que lhe permite contemplar as paredes, decoradas com retratos de lendas como Ella Fitzgerald e Charles Mingus e reproduções de LPs clássicos de Miles Davis e Otis Rush, entre outros.

Calainho cultivava o sonho de replicar o clube no Brasil desde os anos 1990. Como vice-presidente da Sony, cuja sede global fica em Nova York, volta e meia dava as caras na cidade. Nos momentos de folga, um de seus passatempos prediletos era marcar presença no clube de Greenwich Village. Entre as performances que testemunhou no local, considera a do pianista Chick Corea, a do contrabaixista Ron Carter e as de Sting e Stevie Wonder as mais marcantes.

Ele não revela quanto a filial fatura, mas, a julgar pelas mesas ao redor – quase todas tomadas a essa altura – não é pouco. “Todo o valor investido na casa já foi recuperado”, informa. A quarentena, é verdade, deu origem a um passivo não divulgado. Calainho classifica a retomada do clube, no entanto, como “tsunâmica”. “Agora é ‘sold out’ toda hora”, gaba-se. “O clube é rentável e a perspectiva é de que ele cresça ainda mais.”

Registra, em seguida, que outros endereços do gênero, além de teatros e afins, também andam lotados como nunca. Arrisca a seguinte hipótese para explicar o fenômeno: “A pandemia ampliou o interesse das pessoas pela economia criativa. O que a maioria delas fez na quarentena, afinal? Ouviu mais música, viu mais filmes e leu mais livros. E o interesse por arte e cultura despertado no período continua”.

Desde que abriu as portas, o Blue Note em que estamos já foi palco de mais de mil shows – de Hermeto Pascoal a Stanley Jordan, de João Donato a Toquinho, de Mart’nália a Macy Gray, que se apresentou no Rock in Rio em seguida. Público total? Mais de 188 mil pessoas.

Outro sinal de êxito, acrescenta o entrevistado, é o de seguidores no Instagram: 176 mil, contra 198 mil acumulados pelo Blue Note original. “Em uns dois meses ultrapassamos a matriz, que tem mais de 40 anos”, entusiasma-se. A bilheteria responde por 32% do faturamento, 42% são amealhados com a venda de comida e bebida, 14% vêm de eventos corporativos e os 12% restantes saem do bolso dos patrocinadores.

“Não é gostoso aqui?”, pergunta Calainho, virando-se para o palco. Quando um dos gerentes da casa se aproxima, pede sugestões para petiscar e bate o martelo em duas. Uma delas é o mix de queijos com tomate confit e geleia de cebola caramelizada. O brie empanado em farinha de amêndoas é servido com torradas e molho de mel e maracujá. “É para comer de joelhos”, exagera. Para beber, vai de soda italiana. “Vamos brincar um pouco com essas entradinhas e depois pedimos os principais”, informa ao gerente.

Em março, a filial paulistana ganhará um anexo, o Blue Bar. Com entrada independente e capacidade para 120 pessoas, vai ocupar a varanda ao lado e abrir do meio-dia à 1h da manhã – as apresentações musicais continuarão restritas ao Blue Note.

Há mais uma novidade em vista, a reabertura – enfim – do Blue Note carioca. A meta atual é inaugurá-lo, até o fim deste semestre, dentro de um dos hotéis na orla de Copacabana. Qual deles? Calainho ainda não revela em razão de um acordo de confidencialidade.

A ideia anterior era reabrir a unidade carioca no espaço, na Praia de Ipanema, que já abrigou as casas JazzMania e Studio RJ – o andar de cima do imóvel que já foi do Bar Astor e hoje está nas mãos do Boteco Boa Praça.

O primeiro Blue Note Rio funcionou entre 2017 e 2019. Com capacidade para 350 pessoas, ocupou uma área de 800 m2 na qual foram investidos R$ 4,2 milhões. Fazia parte do Complexo Lagoon, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Ao show de abertura, comandado pelo violonista Romero Lubambo, seguiram-se apresentações de nomes como Hermeto Pascoal, João Donato, Sérgio Mendes e Jards Macalé.

A filial encerrou as atividades não exatamente em harmonia, devendo para músicos e ex-funcionários mais de R$ 1,3 milhão. “Todas as dívidas foram quitadas”, diz o entrevistado. O rombo se deve ao “timing” da abertura, bem quando o Rio de Janeiro amargava uma de suas piores crises financeiras e de segurança pública – a intervenção federal, que pôs tropas do Exército nas ruas, foi decretada pelo então presidente Michel Temer (MDB) poucos meses depois da inauguração. Na falta de clientes suficientes e com a saída de cena de patrocinadores, Calainho entregou os pontos.

Ele fala sem parar – inclusive com as mãos e os braços, sempre em movimento – e adora abrir um parêntese enquanto se expressa. “Decidi fazer faculdade de publicidade e propaganda por causa desse meu jeito”, conta ele, formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). “Falo muito e tenho facilidade para vender.”

Quando o garçom volta para anotar os pedidos principais, opta pelo sorrentino com recheio de mussarela de búfala. Volta atrás, no entanto, ao se dar conta de que seu prato será fotografado para esta reportagem. “Vou pedir um prato mais divertido”, justifica-se, batendo o martelo no arrumadinho de filé-mignon com farofa de banana-da-terra, couve e arroz com manjericão. Depois diz que o brandade de bacalhau com batata, pimentão, couve-flor e cebola gratinada é “simpaticíssimo” e pede um suco de laranja para acompanhar sua escolha.

Aproveita para dizer que adora comer, mas o mínimo possível. “Quanto menos você puder comer, melhor”, aconselha, incluindo a longevidade na conversa. Acrescenta que ele e a esposa, a advogada Larissa Gontijo, sempre dividem o prato principal e a entrada quando saem para almoçar ou jantar. “Me acostumei a comer pouco e tenho a sorte de não gostar muito de doce”, diz ele, que daria boas colheradas, no entanto, na generosa pavlova que encerrou o encontro e foi compartilhada por todos.

Determinado a viver mais do que 100 anos, ele incorporou diversos hábitos que, acredita, vão ajudá-lo a chegar lá. O que considera mais importante é ir para a cama até no máximo as 22h, quando a rotina permite. “Nosso corpo descansa muito mais das 22h às 2h”, afirma ele, fã de livros de autores como o médico indiano Deepak Chopra e o físico austríaco Fritjof Capra.

Ele costuma pular da cama entre 5h30 e 6h, pratica meditação transcendental duas vezes por dia – “para esvaziar o cérebro” – e se submete a uma sessão de shiatsu toda semana. Morador do Alto Leblon, no Rio de Janeiro, também corre na praia, mergulha, frequenta academia e evita elevadores ao máximo.

Faltou falar que desde 2008, em nome da longevidade, só toma banho frio. “Não uso água quente nem no inverno em Paris”, jura. “Mas, claro, só tomo banho rápido. Não fico me deliciando na água fria.” Para justificar o hábito, diz o seguinte: “Se você jogar um pedaço de carne na água quente, vai cozinhá-lo; na água fria, ele dura muito mais”.

Está casado com Larissa – head do departamento jurídico da gestora Icatu Vanguarda – desde 2016. É a mãe de seu único filho, João, hoje com 5 anos. A paternidade desencadeou uma guinada na produtora de Calainho, a Aventura, responsável pelos musicais “Elis, A Musical”, “Chacrinha, o Musical”, “Hair” e “A Noviça Rebelde”, entre outros.

João nasceu na mesma época que o neto de Aniela Jordan, sócia da companhia. Com as atenções voltadas para o universo infantil, Calainho e ela montaram a Aventurinha, braço da produtora que é especializado em crianças e adolescentes. Foi quem tirou do papel o espetáculo “Pixar in Concert”. “Encontrar entretenimento cultural de qualidade para crianças não é muito fácil”, diz o entrevistado.

A Aventurinha também está por trás da EcoVilla Ri Happy, que funciona, desde novembro, no Parque Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Trata-se de um hub cultural voltado para crianças de 0 a 12 anos. “Vamos trazer a EcoVilla Ri Happy para São Paulo e talvez ainda neste ano”, adianta.

Maior produtora de musicais do país, a Aventura está à frente de dois teatros cariocas, o Prudential e o Riachuelo Rio. O primeiro, no bairro da Glória, é o antigo teatro Manchete, que passou por uma reforma de R$ 1,2 milhão. Com 359 lugares, está localizado no icônico Edifício Manchete, projetado nos anos 1960 por Oscar Niemeyer – o paisagismo coube a Roberto Burle Marx.

A retomada do espaço foi orquestrada pela Aventura, também responsável pelo resgate do Cine Palácio, que faz parte da rotina do centro do Rio desde o século XIX. Abriu as portas em 1890 com o nome de Cassino Nacional Brasileiro, trocado para Cassino Nacional 11 anos depois. Em 1906, virou Palace Theater; em 1917, Cinema Majestic; em 1929, Palácio Teatro; e, em 1943, Cine Palácio.

Fechado desde 2008, foi arrematado pela gestora de recursos Opportunity, que decidiu transformá-lo em teatro por iniciativa da Aventura. Dos quase R$ 45 milhões desembolsados com a complexa reforma, R$ 20 milhões saíram do caixa da instituição fundada por Daniel Dantas e o restante foi custeado pela produtora. Virou o Teatro Riachuelo Rio, que soma mil lugares e funciona desde 2016.

Por falar em Aventura, ela acaba de retomar a parceria com Cláudio Botelho e Charles Möeller, tidos como os maiores diretores de musicais do país. Estão à frente do novo espetáculo da produtora, “Mamma Mia!”, que estreia em fevereiro no teatro Multiplan, na Barra da Tijuca.

A dupla foi parceira da companhia nos primeiros anos e responsável pelos grandes musicais importados da Broadway. A parceria teria ido por água baixo, comenta-se, depois que Calainho resolveu meter o bedelho na parte artística.

“Não houve briga nem nada, mas, depois de certo tempo, comecei a ‘botar pilha’ para produzirmos conteúdos nacionais”, defende-se. “Ultraligados à Broadway, o Cláudio e o Charles não gostaram muito da ideia e daí foram embora, ‘numa boa’.” Quando a produtora decidiu voltar a produzir espetáculos da Broadway, a parceria foi restabelecida. “Sou um fã ardoroso deles, sempre fui”, derrete-se. “São, de longe, os melhores diretores de teatro musical do país.”

Todos os negócios do entrevistado são controlados por uma holding, a L21, montada por ele em 2000 e atualmente com 36 sócios. Reúne, além das empreitadas já citadas, a gravadora Musickeria; a agência Suba Msk, especializada em marketing de influência; e o festival Tim Music Noites Cariocas, cujo palco é o Morro da Urca. E ainda tem o portal Vírgula, focado em cultura pop, e duas emissoras de rádio cariocas, a SulAmérica Paradiso e a Mix FM Rio. Somando tudo, a L21 faturou R$ 210 milhões no ano passado.

A história dele talvez nem teria começado se o Japão não tivesse se rendido aos Estados Unidos em 1945, após os bombardeios atômicos em Hiroshima e Nagasaki. Piloto da Força Aérea Brasileira, o pai dele – também batizado de Luiz Calainho – fez treinamento na base naval de Corpus Christi, no Texas, e estava prestes a ir para o combate contra o Japão quando a Segunda Guerra Mundial chegou ao fim.

Morto em 1999, ele trabalhou depois do conflito como piloto da Panair do Brasil. Quando as linhas dela foram cassadas pela ditadura militar, em 1965, mudou-se para a Suíça como comandante da Swiss International Air Lines. A mulher, a psicóloga Maria Helena Buona, e a primeira filha do casal foram logo em seguida, a bordo de um Constellation. Segundo filho de uma prole de três, o entrevistado também foi junto – na barriga da mãe.

Ele nasceu em Zurique, onde viveu os três primeiros anos. Seus pais nasceram no Rio de Janeiro, onde a família voltou a morar em seguida, mais exatamente em Ipanema. O enorme apreço pela área cultural ele diz ter vindo da mãe e de um dos pioneiros da Bossa Nova, Roberto Menescal. É o pai de um amigo de infância do entrevistado, o baixista Marcio Menescal. “Considero o Roberto um segundo pai”, resume.

Ele se diz um rematado otimista. Na Sony, por sinal, diziam o seguinte a respeito dele: “Se o Calainho ganhar um saco de b**** (verde tom capim) vai vibrar e dizer: ‘Oba, quando chega o cavalo?’”. Daí a reação com a qual encarou o fechamento do Blue Note Rio e os enormes desafios impostos à L21 ao longo da pandemia. “Definitivamente, o setor da economia criativa foi o que mais sofreu na quarentena”, afirma. “Mas em nenhum momento cogitei fechar qualquer negócio.”

Sobre a área cultural durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), diz: “Infelizmente, foi um governo que não deu atenção para ela. É um fato, como prova o rebaixamento do Ministério da Cultura para Secretaria Especial, e não estou fazendo nenhum posicionamento político ao dizer isso. Foram anos difíceis”.

Daí o entusiasmo com a retomada do Ministério da Cultura e com a nomeação da cantora Margareth Menezes para comandar a pasta. “Novamente, não estou colocando a minha posição política aqui, mas o Lula é um político que acredita na arte e na cultura”, diz. “Colocou Gilberto Gil, um gigante, no comando do Ministério da Cultura em 2003, e agora, Margareth Menezes. Está dando luz a um setor que, não tenho a menor dúvida, viverá quatro anos espetaculares, com o perdão do trocadilho.”

Sai em defesa, a seguir, da Lei Rouanet – que parte dos bolsonaristas adora demonizar. “Houve casos de mau uso, mas asseguro que 98% dos produtores que recorrem à lei, da qual sou um entusiasta, fazem tudo corretamente”, afirma. “Todas as leis de incentivo, e não só a federal, foram fundamentais para o crescimento do setor cultural brasileiro. Sem elas, por exemplo, o país não teria virado o terceiro maior produtor de musicais.”

Acrescenta que o Blue Note São Paulo, a essa hora já com poucos clientes, não usa leis de incentivo – a Aventura e o festival Tim Music Noites Cariocas utilizam em parte. “O que quase nunca é dito quando se fala sobre o assunto é que diversos setores dispõem de leis de incentivo”, registra. “Fabricantes da chamada linha branca, por exemplo, têm direito a IPI reduzido. Mas que contrapartida precisam dar para a sociedade? Nenhuma. Já as empresas que obtêm isenção de impostos por meio da Lei Rouanet são obrigadas a investir na economia criativa. E os produtores, entre outras exigências do tipo, precisam destinar uma porção de ingressos para a rede pública de ensino, e que bom que é assim.”

Encerra o encontro lembrando que o setor representa 2,9% do PIB brasileiro, de acordo com o último levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). “Muita gente vê a economia criativa como algo simplesmente divertido, ignorando a montanha de empregos e impostos que ela gera”, conclui.

Por Daniel Salles

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