Emissões no mercado externo voltam a superar patamar de US$ 20 bilhões, diz Anbima

Depois de dois anos de volume fraco, as emissões de renda fixa no mercado externo voltaram a superar o patamar de US$ 20 bilhões, informou nesta quarta-feira a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Em 2024, foram 23 operações num total de US$ 20,1 bilhões, frente a US$ 15,5 bilhões […]

Depois de dois anos de volume fraco, as emissões de renda fixa no mercado externo voltaram a superar o patamar de US$ 20 bilhões, informou nesta quarta-feira a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Em 2024, foram 23 operações num total de US$ 20,1 bilhões, frente a US$ 15,5 bilhões de 2023 (14 operações) e US$ 5,5 bilhões em 2022 (12 ofertas).

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“A reabertura é positiva porque suaviza volatilidades que as empresas enfrentam no mercado interno. O patamar ainda foi menor que o de 2020 [US$ 25,8 bilhões] e 2021 [US$ 24,6 bilhões], mas 2025 tende a ser igualmente forte, senão melhor”, avaliou Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da entidade.

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De acordo com o balanço do ano da Anbima, o governo brasileiro captou US$ 6,5 bilhões em 2024, bem acima dos US$ 4,3 bilhões de 2023. Já as instituições financeiras emitiram US$ 1,8 bilhão no exterior, contra US$ 800 milhões em 2023, e as empresas, US$ 11,9 bilhões, enquanto em 2023 haviam captado US$ 10,5 bilhões.

Os prazos ficam entre seis e dez anos em 68,1% dos casos, volume menor do que o de 2023 (87,1%), mas, por outro lado, o cupom médio caiu de 8,14% em 2023 para 7,67% no ano passado. “Com as condições mais atraentes, teremos novas emissões e estreias no mercado neste ano”, acrescentou Maranhão.

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Em renda variável, o país teve o terceiro ano consecutivo sem aberturas de capital na bolsa. “Esperávamos um cenário mais calmo de juros que acabou não se comprovando ao longo dos meses, mas ainda assim houve número considerável de ‘follow-ons’ [ofertas subsequentes]”, comentou Maranhão.

Foram nove operações de follow-on no ano, totalizando R$ 25 bilhões, frente aos R$ 31,4 bilhões de 2023. “A dinâmica em 2025 não deve ser muito diferente. Para IPOs [ofertas iniciais de ações, na sigla em inglês] continua difícil, mas as operações de follow-on devem manter desempenho favorável”, disse o representante da Anbima.

*Com informações do Valor Econômico

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