Economia russa pode ter contração de 15% em 2022, prevê instituição

Tombo significa eliminar grande parte do crescimento econômico alcançado desde 1999

Vista do Palácio do Kremlin, sede do governo russo, em Moscou (Foto: Pexels)
Vista do Palácio do Kremlin, sede do governo russo, em Moscou (Foto: Pexels)

A Rússia poderá ter uma contração de 15% de seu Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, numa baixa duas vezes maior do que a “grande recessão” de 2009, pelas projeções do Instituto Internacional de Finanças (IIF), que representa as maiores instituições financeiras do mundo. Isso significa eliminar grande parte do crescimento econômico alcançado sob a liderança de Vladimir Putin, que tem comandado o país desde 1999.

Em 2009, o PIB real da Rússia caiu 7,9% como resultado de um choque triplo – com baixa dos preços do petróleo, de fluxos de capital e financiamento externo. O governo russo ofereceu na época generosos socorros a bancos e empresas em dificuldade, através de nacionalização direta ou assumindo firmas que já tinham forte presença estatal, por exemplo.

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O IIF destaca a velocidade e a severidade das sanções impostas à Rússia após sua invasão da Ucrânia. Elas levaram a um aperto drástico e sem precedentes nas condições financeiras, o que sinaliza uma profunda recessão. A entidade revisou sua previsão de crescimento do PIB para este ano para -15%, comparado a alta de 3% antes da guerra contra a Ucrânia.

Diz que a incerteza sobre a previsão é grande, mas a situação está claramente inclinada para o lado negativo. Isso porque uma nova escalada da guerra pode trazer mais boicotes à energia russa, o que prejudicaria drasticamente a capacidade de Moscou de importar bens e serviços, aprofundando a recessão.

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O cenário de base do IIF pressupõe combates contínuos, mas não uma escalada brusca na invasão. Diz que esse cenário implica situações divergentes entre economias emergentes, com aumento dos preços das commodities ajudando uns e prejudicando outros.

Para o IIF, a América Latina tem a ganhar com a melhoria dos termos de troca entre seus muitos exportadores de commodities. Já países da Europa Oriental vão sofrer maior impacto pela via do comércio. E importadores de commodities via preços mais altos de petróleo e trigo, com a Turquia e o Egito na primeira linha. Uma forte escalada do conflito causará um forte recuo nos fluxos de capital para os emergentes.

Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico

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