Dólar tem forte queda e Bolsa sobe, com dados de inflação nos EUA e alta do petróleo
Investidores também repercutem desempenho de serviços no Brasil
O dólar opera com baixa ante o real enquanto a Bolsa sobe nesta terça-feira. No pregão, os investidores repercutem dados econômicos no Brasil e nos Estados Unidos e seus impactos para a política monetária em ambos os países.
Por volta de 13h15, a moeda americana tinha baixa de 0,35%, negociada a R$ 4,6742, após atingir a mínima de R$ 4,6225, em linha com o movimento da divisa no exterior
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No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,49%, aos 117.522 pontos. O principal índice da B3 é ajudado pelo desempenho positivo das empresas ligadas a commodities no início dos negócios.
Entre as ações, as ordinárias da Petrobras subiam 1,28% e as preferenciais (sem direito a voto), 1,35%, em linha com o movimento do petróleo no exterior. O Comitê de Pessoas da estatal, que analisa os indicados para o Conselho de Administração da companhia, recomendou que a assembleia de acionistas aprove o nome de José Mauro Ferreira Coelho, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro.
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As ordinárias da Vale avançavam 1,28% e as da Siderúrgica Nacional, 2,94%. Já as preferenciais da Usiminas subiam 0,05%. No setor financeiro, as preferenciais do Itaú tinham queda de 0,60% e as do Bradesco subiam 0,05%.
Os preços dos contratos futuros do petróleo operavam com forte alta pela manhã, com o Brent retomando o patamar superior aos US$ 100. Por volta de 13h, no horário de Brasília, o preço do contrato para junho do petróleo tipo Brent subia 6,67%, negociado a US$ 105,05, o barril. Já o contrato para maio do tipo WTI avançava 6,90%, cotado a US$ 100,80, o barril.
EUA: maior inflação desde 1981
Nos EUA, o índice de preços ao consumidor de março subiu 1,2% após uma alta de 0,80% em fevereiro, segundo dados do Departamento do Trabalho americano. É a maior alta mensal desde setembro de 2005.
No acumulado de 12 meses, a alta é de 8,5%. É o maior ganho anual desde dezembro de 1981 e seguiu um salto de 7,9% em fevereiro.
No Brasil, o setor de serviços recuou 0,2% na passagem de janeiro para fevereiro, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados pelo IBGE. Os números vieram abaixo das expectativas do mercado.
É a segunda retração seguida. O setor permanece acima do nível pré-pandemia (com alta de 5,4%), mas agora com desempenho mais baixo frente o nível de fevereiro de 2020.
Assim como nos EUA, a intensidade do aperto monetário é assunto por aqui, apesar de já estarmos caminhando para o fim do ciclo de alta nos juros.
Após um dado forte do IPCA de março e de declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, analistas do mercado já esperam um prolongamento das elevações da Selic no mês de junho.
Bolsas no exterior
As bolsas americanas operavam com altas. Por volta de 13h15, em Brasília, o índice Dow Jones subia 0,59% e o S&P, 0,83%. A Bolsa Nasdaq avançava 1,10%.
Na Europa, as bolsas fecharam com baixas. A Bolsa de Londres cedeu 0,55% e a de Frankfurt, 0,48%. Em Paris, ocorreu baixa de 0,28%.
As bolsas asiáticas fecharam com direções contrárias. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, caiu 1,81%. Em Hong Kong, houve alta de 0,52% e, na China, de 1,46%.