Dólar e juros futuros caem às mínimas do dia com realização de lucros e ajuste técnico de posições

Os ativos financeiros domésticos acentuam o movimento observado mais cedo de melhora, em um movimento de realização de lucros após a vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos. O dólar cai mais de 1% contra o real e, agora, é acompanhado por outras moedas da América Latina, que foram penalizadas duramente durante as últimas semanas na medida em que o mercado já embutia no preço as chances de uma vitória de Trump. A valorização do real dá apoio, assim, a um alívio nos prêmios nos juros de longo prazo, que também embarcam no movimento técnico de ajuste de posições.

Por volta de 15h30, o dólar era negociado a R$ 5,6788, em queda de 1,18% no mercado à vista, após ter ido a R$ 5,6647 na mínima. Já o euro comercial despencava, em baixa de 2,78%, cotado a R$ 6,1056.

Os juros futuros, por sua vez, chegaram a recuar em toda a extensão da curva, e agora apenas as taxas dos títulos de menor prazo exibiam leve alta. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 subia de 12,85%, do ajuste anterior, para 12,895%; a do DI de janeiro de 2027 avançava de 12,975% para 12,98%; e a do DI de janeiro de 2029 cedia de 12,995% a 12,925%.

Vale notar que os rendimentos dos Treasuries também se afastaram da máxima, especialmente na ponta longa da curva, após um forte leilão de papéis de 30 anos, cuja demanda ficou muito acima da média. Nesse contexto, no horário acima, o retorno da T-note de dez anos subia de 4,287% para 4,411%, após ter subido a 4,482% na máxima, enquanto a taxa do T-bond de 30 anos avançava de 4,436% para 4,594%, afastado da máxima do dia (4,678%).

*Com informações do Valor Econômico